Enquanto instrumento de desenvolvimento, de valorização e preservação da actividade ligada à produção de arroz no Baixo Mondego, terá residência num espaço físico com exposição de todo o património ligado à actividade e visitas no território permitindo-se uma comunicação interactiva com os produtores e suas actividades. Este projecto de Ecomuseu parte de dois conceitos-metodológicos fundamentais:
“Museu do Tempo” que se localizará num conjunto de edifícios específicos, implantados em Montemor-o-Velho, que terão uma relação directa com a história desta comunidade e dos territórios envolvidos na produção de arroz.
Haverá neste local artefactos e informações que contem e mostrem a história da formação do solo destes territórios até ao ecossistema, das culturas que ali habitaram e as contribuições que tiveram para o ambiente e arquitecturas existentes, fazendo com que a comunidade, que vive e trabalha nestes territórios se sinta valorizada e representada.
“Museu do espaço” que serão os circuitos onde o visitante poderá ver o que lhe foi apresentado no Museu do Tempo, onde verá os processos, as formações geológicas, além de observar a fauna, a flora e as tradições locais.
Um componente deste Ecomuseu é a interpretação deste local como um “laboratório” na medida em que contribui para o estudo histórico e contemporâneo da comunidade e favorece a formação de especialistas de campos como arqueologia, história, sociologia, geologia e biologia, em colaboração com organizações externas de investigação; como um “conservatório” na medida em que ajuda a preservação e a valorização do património natural e cultural da comunidade; e uma “escola” como local que estuda e protege a comunidade, ajudando-a a compreender melhor os problemas do seu próprio futuro.