6 de agosto de 2020

Um Mergulho na Natureza



Atravessamos a espessa vegetação, típica de uma floresta mediterrânica e que atenua parte do calor que se faz sentir nesta tarde de Verão numa serra em Mortágua. Ao nosso lado, o som da água da Ribeira das Paredes a escorrer pela montanha abaixo complementa a sensação refrescante.
Escalamos alguns rochedos e alcançamos uma espécie de banheira de rocha, esculpida pela passagem da água ao longo dos séculos. Um a um, entramos lá dentro. 



A água parece estar fria, mas a pele, escudada pelos fatos de neoprene, apenas sente uma frescura suave, que se mistura de forma aprazível com os 33 graus que pairam no ar. O curso de água faz uma pequena curva e precipita-se numa cascata com seis metros de altura.

“Quem é o primeiro?”. Instantes de hesitação, de silêncio acompanhado do ruído nervoso da água. “Posso ser eu”. Uma voluntária abeira-se do topo da cascata, olha lá para baixo, inspira fundo.


 “Lembra-te do que te disse”. A voz vem lá em baixo. “Impulso forte para a frente, pernas juntas e braços cruzados no peito”, sublinha, mais uma vez, João Ramos. Ela olha para as amigas que aguardam, ansiosas, atrás de si. Sorri-lhes, dá um passo em frente e salta.






Os salpicos de água escorrem-lhe pelo rosto. Usou a água do cantil para lavar os dentes e a cara, a derradeira tarefa antes de ir dormir. Entusiasmado, ignorou a toalha e atirou o saco-cama para o solo empedrado da eira. Ali, onde se costumavam malhar os cereais, seria a sua cama naquela noite.

Tinha seis anos, já gostava de futebol e do outro lado do Atlântico jogava-se o mundial do México’86, mas nada disso importava. Só interessavam as noites a acampar, as manhãs a percorrer trilhos, a canoagem, o rappel, a escalada, o slide e os peddy papers, que o levavam a explorar as florestas ou as aldeias de xisto.

Era o primeiro campo de férias de João Ramos. Adorou a experiência, que se tornou uma rotina anual na Foz de Arouce, Lousã. “Passava o ano à espera desses 15 dias mágicos passados na natureza”. Após 12 anos consecutivos, tornou-se maior de idade e monitor. Depois, coordenador. Não muito depois, responsável pela organização e operacionalização de todo o campo de férias. “A minha grande paixão pelas atividades na natureza veio daí”.


Foto DNA (Rio Teixeira, São João da Serra)


No entanto, João vivia em Almada. A ligação ao Centro era familiar. E, mais tarde, académica. “Vim para Coimbra estudar Economia”. Aos 21 anos, aventurou-se num Erasmus em Verona, no Norte de Itália. “Foi incrível!”. Ficou impressionado com a organização. “Havia uma associação que ajudava a enquadrar os estudantes Erasmus em todos os aspetos, no alojamento, festas, programa social, visitas temáticas, etc”.

Em Coimbra, 2002, havia 600 estudantes Erasmus. “E não havia nada minimamente estruturado”. João colou cartazes em todas as universidades a averiguar potenciais interessados. Reuniu com eles, instituiu o pagamento de quotas para angariar dinheiro para criar uma associação juvenil, pediu uma audiência ao reitor, que lhe cedeu uma sede no Departamento de Matemática e permitiu usar o nome da Universidade de Coimbra. Em 2003, nascia a Associação Socrates Erasmus.

Para além do apoio logístico nos primeiros dias dos estudantes, organizavam festas semanais, visitas pelo país, eventos temáticos. “No fundo, queria prolongar a minha vida de Erasmus”, confessa, com um sorriso. Em 2004, realizaram o primeiro encontro nacional de Erasmus (Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz). Em 2006 – Já João trabalhava na capital, numa multinacional na área comercial e de vendas – pedem-lhe ajuda para realizar o segundo encontro. João não recusou. “Desta vez foi na Costa Alentejana, com 350 pessoas. Festas na praia, até uma festa MTV no Castelo de Sines”.
Foto DNA (Rio Teixeira, São João da Serra)


Profissionalmente, as coisas corriam-lhe bem. Mas João sentia que a qualidade de vida diminuía de ano para ano. “Chegava a fazer 13 ou 14 horas por dia. Mais uma hora de trânsito para cada lado ao passar a Ponte 25 de Abril”. Em 2008 disse basta. “Estava saturado, queria muito regressar a Coimbra, o Centro sempre me atraiu e fascinou”. Teria de sacrificar a sua área, pois a evolução da carreira passava por Lisboa ou Porto. “Tinha 28 anos e, se queria ir para a Região Centro, ia ter de encontrar o meu próprio caminho”.

A jornada empreendedora começou na restauração. No espaço de um ano, já tinha três restaurantes (Penela, Coimbra e Viseu). Alguns corriam bem, “outros nem por isso”. Em 2010, decidiu que esse não era ainda o caminho. “Deu-me muita aprendizagem, deu-me currículo, mas não guardo saudades. Não voltaria a ter um restaurante, garantidamente.” 

Foto DNA (Ribeira das Paredes, Mortágua, Inverno)


Nesse mesmo ano, experimenta a atividade de Canyoning no Rio Frade (Arouca), que envolve a descida de um rio de montanha por dentro de um desfiladeiro com recurso a técnicas como caminhada aquática, descida em rapel e saltos. João apaixonou-se pela atividade e, logo nessa tarde, começou a percecionar “a vertente e o posicionamento do negócio”.

No Verão, criou a DNA Travel and Events, uma empresa com sede na lousã, “pela ligação da infância à serra”, dedicada às atividades de turismo de ar livre: Pedestrianismo, escalada, espeleologia, rapel e Canyoning. Já passaram 10 anos e esta última continua a ser a sua preferida. “O contacto com a natureza, a água, a frescura, a adrenalina dos saltos. Costumo chamar-lhe: um mergulho na natureza”.
Foto DNA (Rio de Frades, Arouca)

Catarina emerge das águas verde esmeralda e dá dois toques no capacete, sinal que “está tudo bem”. “Espetáculo! Bora!”, grita lá para cima, a encorajar a amiga que vai saltar a seguir. João sorri, está habituado a este receio inicial, que se desvanece com naturalidade à medida que a atividade vai progredindo e os saltos se vão acumulando. Já fez canyoning aqui dezenas de vezes e apesar de conhecer bem o local, faz sempre um reconhecimento prévio de todas as lagoas. “O rio é dinâmico, o que ontem não estava submerso aqui, hoje pode estar”. Por isso, é o primeiro a descer. Nada, mergulha, analisa detalhadamente o fundo da lagoa e só depois dá ordem para se iniciarem os saltos.
Um a um, os sete participantes saltam para a água. Eu sou o sétimo.



Segue-se uma descida em rapel numa cascata com 13 metros. Gonçalo Veríssimo, o monitor, prende o mosquetão ao meu arnês e dá-me as instruções. Refiro que já fiz rapel, mas ele sublinha na mesma todas as manobras. “Pernas afastadas, mão direita controla a descida”. Depois de assimilarmos as técnicas, o rapel deixa de ser uma atividade intimidante, pois apercebemo-nos que temos controlo total do que acontece. E se algo fugir do nosso controlo, há “uma rede de segurança”. Lá em baixo, João segura a corda e “faz a segurança”. “Basta esticar a corda e a pessoa não sai do sítio”, refere.




A descida inicia-se numa superfície de rocha lisa que se prolonga alguns metros, até se precipitar numa parede mais vertical, mas revestida de vegetação, o que aumenta a tração.
Do lado direito da cascata há dois troncos de árvore que tombaram e a acompanham até à lagoa. Estes oferecem um ar mais selvagem ao cenário e transformam-se num ponto de descanso para os mais afoitos. 




É lá onde estão Sofia Silva (30) e Ricardo Briales (27). Ela tem descendência portuguesa e nasceu em França. Ele tem descendência espanhola e nasceu na África-do-Sul. Vivem juntos em Málaga há seis anos e decidiram vir passar as férias de Verão ao Centro de Portugal.

“É mais tranquilo e adoro a diversidade, temos cidades, natureza, aldeias apaixonantes, desporto, aventura”, diz Sofia. Já tiveram aulas de surf na Praia da Barra, em Ílhavo, e agora decidiram estrear-se no canyoning. “Estávamos com desejo de aventura e isto é perfeito, é divertido, tem adrenalina, é refrescante. É algo bonito de ser compartilhado, de ser experienciado em conjunto”.

A próxima paragem é na Serra da Estrela. “Queremos fazer trilhos e comer. Comer muito queijo da serra!”, afirma, num sorriso partilhado com Ricardo, que já se rendeu à nossa gastronomia: “Come-se muito bem cá, servem muito bem, isto é uma joia autêntica”. Nos próximos dias vão chegar alguns amigos de Espanha. “Vamos apresentar-lhes um pouco de tudo”, diz ela. “Vamos a conocer todas las caras del Centro de Portugal”, diz ele.




A alguns metros atrás, o som da cascata não impediu João de ouvir a expressão “desejo de aventura”. Mais tarde iria sugerir ao casal a atividade de espeleologia (exploração de grutas). “É um admirável mundo novo, partimos para outra dimensão, o silêncio é total e desligamos de tudo. Não é tanto um desafio físico, mas psicológico”. É uma atividade que a DNA organiza nas Grutas do Soprador do Carvalho (Penela), Algarinho (Penela) e Arrifana (Condeixa-a-nova).






Já vamos a meio da manhã e o sol está quase a pique no céu. Nado até um rochedo, sento-me e retiro da mochila o boião estanque onde está a máquina fotografia e as objetivas. “Só me esqueci de trazer um cantil com água”, penso. Nesse preciso instante, vejo o João, debaixo da cascata, a refrescar-se e a beber diretamente da queda de água. Mergulho até lá, enquanto constato a ironia do meu pensamento anterior. “Seria como trazer areia para o deserto”.



João sorri e acrescenta que este curso de água foi, precisamente, a única fonte disponível do exército de napoleão, durante a retirada após a derrota na batalha do Bussaco (1810). “Durante a invasão, o exército anglo-luso recorreu à política de terra queimada, tudo o que estava no rumo do inimigo era queimado, os poços de água eram envenenados. Era uma forma de desgastar o exército francês. Após a batalha, estes tiveram de voltar a Mortágua, para recuperar os feridos, enterrar os mortos e encontrar um caminho para Sul. Houve alguém que lhes indicou a passagem de Boialvo, não cartografada, que os fez contornar a Norte toda a cordilheira da Serra do Bussaco. Nessa jornada, esta Ribeira das Paredes era o único ponto de água intacto”.






Explica-me que organiza também experiências de turismo militar, com visitas guiadas pela “mão do general Wellington” no local da célebre batalha. “Não estamos apenas a ver algo como num museu, estamos a caminhar pelo atual percurso onde se deu a batalha e podemos visualmente perceber toda a estratégia militar montada, com uma forte componente de storytelling”.

Acrescenta que organiza um “vasto número” deste tipo de experiências turísticas. A designação da empresa, DNA é uma sigla que significa “Desporto, Natureza e Aventura”, mas é também um trocadilho genético. “Fazemos sempre algo com identidade própria. Queremos diferenciar-nos por ter uma relação afetiva com os clientes e por criar experiências únicas, sempre em redor do imaginário e da construção de histórias”.



Há eventos como o “CSI na Quinta das Lágrimas”, onde é recriada a morte de Inês de Castro e os participantes têm de investigar tudo o que aconteceu; o “Enólogo por um dia”, em parceria com a Boas Quintas, onde os participantes têm de criar o seu próprio vinho. “No jantar há um concurso onde é eleito o melhor vinho, o melhor rótulo, o melhor nome e até o melhor slogan”; ou visitas a aldeia de xisto, onde os visitantes são recebidos por pastor serrano, desconhecendo que se trata de um ator que vai originar um conjunto de acontecimentos.

“Tudo isto sob uma lógica onde juntamos as quatro dimensões da sustentabilidade: componente ambiental, a social, a cultural - recuperar tradições e apoiar comunidades locais na promoção de recursos endógenos - e a económica, que gera um efeito multiplicador no território”, afirma João. “Há excursões com 50 pessoas que chegam, passeiam, metem-se no autocarro e vão embora, sem deixar valor no território”. Explica que a DNA renega essa tendência. “Há muitas coisas que até podíamos fazer autonomamente, mas preferimos subcontratar entidades locais e pequenas empresas para fazermos em parceria. Ganhamos todos”.
Foto DNA (Rio de Frades, Arouca)





E a aventura prossegue. Segue-se a prova mais desafiante. Uma descida em rapel numa cascata com 30 metros de altura. Em pleno verão há menos água a cair. “Ela transfigura-se completamente noutras altura do ano”, refere João. Contemplo o fio de água, que se perde de vista no desfiladeiro e irá afluir à Ribeira de Mortágua que, por sua vez, desagua no Rio Mondego. 




Mas, apesar de um pouco mais despida de água, a cascata continua imponente. Já passaram por aqui muitas histórias de superação. Pessoas que não acreditavam ser capazes de fazer a descida e que depois, já cá em baixo, não cabiam em si de contentes pela conquista. “Se alguém tiver mais receio, um de nós faz a descida lado a lado com ela. Já aconteceu uma vez e a participante não só superou o medo, como ficou fã desta atividade e já fez mais canyonings connosco noutros rios”, diz João.

Refere que a DNA promove “proactivamente” rios locais, como esta Ribeira das Paredes (Mortágua), a Ribeira de Quelhas (Castanheira de Pera, Lousã), o Rio Frades (Arouca) e o Rio Teixeira (São João da Serra). “Depois, com grupos fechados, vamos a outros, como o Gerês ou Vila Real, onde temos o Rio Poio, que é o ex-libris da atividade em Portugal continental”.






As Catarinas são as primeiras a descer. São três: Catarina Santos (22), Catarina Silva (22) e Catarina Henriques (24). O elo homónimo é quebrado por Didiana Mariana (20). As quatro conheceram-se a fazer voluntariado em Moçambique. Costumam passar sempre dois meses de Verão em África, a dar aulas e organizar atividades de animação com crianças. Uma prática interrompida este ano, pela presente pandemia. 

Decidiram encontrar-se e fazer algo juntas. Escolheram canyoning. “Era algo que já queríamos fazer há muito tempo, mas só agora tivemos oportunidade. Uma atividade juntas, na natureza e também radical. Está a ser perfeito”; “Top, repetia já hoje”; “Até eu, que sou um pouco medricas com as alturas, já estou pronta para agendar o próximo”, são alguns dos testemunhos que soltam, entusiasmadas, já na lagoa onde se precipita a cascata. Desceram todas de forma irrepreensível, apoiando-se e encorajando-se mutuamente. 




“Para quem nunca fez a atividade, este é um rio excelente para uma estreia, é divertido e muito bom para se vencerem medos”, refere João. “Posteriormente, podem regressar com mais caudal de água ou vão fazer um rio mais desafiante”.

O trabalho de equipa demonstrado pelo grupo de jovens, mais do que familiar, é intrínseco à atividade da DNA. Paralelamente ao turismo na natureza, a empresa especializou-se na organização de teambuildings para empresas. 

“Uma grande fatia do nosso volume de negócios são eventos corporate”, afirma João. “Criámos teambuildings com identidade DNA, com um portefólio com 15 a 20 atividades interessantes e divertidas e, simultaneamente, centradas no trabalho de equipa, na resolução de conflitos, nas dinâmicas win win, tudo com uma linguagem que está alinhada com o que as organizações entendem”, assegura. “Após cinco anos em multinacionais, percebo bem os desafios do outro lado, o que querem, o que procuram, o que necessitam”.



Desde um assalto às muralhas de um castelo do século XII, com um exército de 130 funcionários liderados por um cavaleiro medieval e que, entre outras provas, terão de fazer rapel, escalada, slide e tirolesa, a equipas que têm de explorar zonas místicas da Serra da Lousã em busca de Druidas que os ajudem a conseguir a fórmula do elixir da juventude, há um pouco de tudo no portefólio da DNA.
“Independentemente de todo o imaginário e da construção das histórias, há sempre uma dinâmica personalizada consoante a empresa em questão. E o trabalho de equipa é sempre fulcral para obter resultados”, assegura.



Gonçalo é o último a descer. Desce “em dupla”, com a corda de 70 metros dobrada em dois, de forma a poder recuperá-la cá em baixo. “É por isso que é fundamental ter, no mínimo, o dobro do comprimento da corda em relação à altura da queda de água que vamos fazer”, explica o monitor. 

Segue-se mais um salto, desta vez de cinco metros. Todos são bem realizados. Há até quem queira subir – seguindo um trilho ao lado da lagoa – e repetir. Poucos metros à frente, há mais um. O derradeiro, que culmina numa lagoa mais larga e, por ser inteiramente banhada pelo sol, mais transparente do que as anteriores. Há algumas pessoas a nadar e outras, curiosas, estão sentadas na margem a observar a atividade. “Quem não quiser fazer o canyoning, pode esperar nesta linda lagoa, a refrescar-se e a ver os familiares ou amigos a descer a cascata”, salienta João. 



Nesse preciso instante, surge Hugo Teixeira Francisco, sócio de João, na companhia do vlogger Marco Neiva, que está a fazer a N2 de bicicleta e tenta captar imagens dos interesses turísticos de todos os municípios que atravessa. Hoje é o dia de Mortágua e pretende captar algumas imagens de canyoning com recurso a drone. Hugo orquestrou esse encontro. É o responsável pelas relações públicas, marketing e comunicação geral da empresa.








João e Hugo conheceram-se no programa de aceleração Newton, organizado pelo Instituto Pedro Nunes. Hugo era sócio de outro operador turístico. Constataram que partilhavam visões e trabalhavam bem juntos. Começaram a delinear planos e estruturar ofertas. Em Janeiro de 2019, Hugo vendeu a sua participação na outra empresa, apertou a mão a João e lançaram-se num empreendimento conjunto, a Portugal Green Travel. “Sentimos a necessidade de evoluir para uma agência de viagens”, refere João. O “green” é, mais uma vez, alusivo à sustentabilidade. “Trabalhamos o território nacional maioritariamente para clientes estrangeiros, com uma vocação muito clara para experiências autênticas em territórios de baixa densidade”.

Nesse âmbito, acabam de lançar um novo projeto: Foge Comigo por Portugal, uma
parceria entre a Portugal Green Travel e a editora Foge comigo (especializada em guias turísticos), onde são criadas escapadinhas, acessíveis através da compra um voucher de um destino e que inclui o guia “Foge Comigo” e duas noites de estadia em Turismo de Espaço Rural. “Neste momento estamos a comercializar programas nos seguintes destinos/guias: Estrada Nacional 2, Beira Baixa, Serra do Buçaco e Alto Alentejo”, informa Hugo.


Foto DNA (Publituris Road Show, Aveiro)


Entretanto, Hugo tornou-se também sócio da DNA. “Complementamo-nos muito bem, as coisas que ele faz bem não são a minha praia e vice-versa”, refere, sorridente. “Ele é economista, eu sou de Turismo, a coisa equilibra-se, por sermos diferentes trabalhamos muito bem juntos e estamos em plena sintonia em tudo o que é fundamental na gestão que fazemos”. 

Foto DNA (via ferrata, Oleiros)


Hugo também vivia um quotidiano bem diferente do que este. Passou por hotéis, agências de viagens, camaras municipais, foi até consultor de comunicação para empresas norte-americanas em Angola e esteve nove anos ligado à Ryanair. “Estava habituado a estruturas multinacionais gigantes e agora toda a gente faz de tudo um pouco. Mas gostamos muito do que fazemos, todos os dias vou trabalhar, mas não é trabalho. Por isso, de vez em quando, até temos alguma dificuldade em desligar. Temos muito orgulho nas marcas que criamos e estamos a ver crescer e, acima de tudo, que fazem a diferença no panorama regional e nacional da oferta turística”.



João aproxima-se, com gotas de água a pingar do seu fato de neoprene, capacete debaixo do braço, cordas ao ombro e um sorriso do tamanho da maior cascata do dia. Está terminado o seu mergulho na natureza de hoje. Voltou as costas à lagoa como quem apaga a luz do escritório. “Saímos daqui cansados, mas renovados na alma”.





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