17 de dezembro de 2019

Nascer, crescer e empreender numa terra cheia de fenómenos



Era uma noite de Outono e a lareira já estava acesa. Os olhos castanhos da menina de oito anos estavam vidrados em cada uma das palavras do pai. “Há anos que ninguém vive lá. Dizem que acontecem lá coisas estranhas de noite. Sons de talheres a serem remexidos, pancadas nos móveis e até passos acompanhados pelo pesado bater de uma bengala no assoalho. Agora chamam-lhe a casa ensombrada”. A história causava-lhe um misto de sentimentos. Arrepios, algum entusiasmo e muito orgulho. Paula Carloto nasceu numa terra famosa pelos fenómenos estranhos. E a sua família está por trás da perpetuação dessa fama. Hoje, “Fenómenos do Entroncamento” é uma marca registada por si. Na sua loja, Casa Carloto, comercializa inúmeros artigos relativos à mais de uma centena de fenómenos registados nesta cidade, alguns testemunhados por si. Organiza frequentemente eventos dinamizados com figuração alusiva aos fenómenos, acabou de lançar um livro sobre o tema e até criou uma sinergia com músicos locais, coordenada por Pedro Dionísio (Dyonysyo), para a produção de um videoclip.
Nas suas veias fluem dois desígnios: Transformar este património imaterial numa marca nacional. E criar um hotel dos fenómenos.

O jornalista na rua do Entroncamento à qual foi atribuída o seu nome em 2002

Tudo começou nos anos 50. Um jornalista local, chamado Eduardo O.P. Brito, tinha uma coluna de jornal, intitulada “Cá pelo Burgo”, onde divulgava episódios insólitos que testemunhava na povoação, até então apenas conhecida pelo entroncamento de duas linhas de caminho de ferro, a Linha Norte e a Linha Beira baixa. Começou com um relato de um melro branco, cujo dono “não quis vender nem por cinco contos a um lisboeta que disputava só para si o encanto da ave e dos seus gorjeios”. Seguiram-se outros testemunhos, um carneiro com quatro cornos, uma árvore que dava  cinco frutos diferentes,  um feijão com mais de um metro de comprimento, uma planta que dava batatas e tomates ao mesmo tempo, um cão que falava, uma couve que dava cravos, um ovo de galinha com 800 gramas, uma raposa matreira que enganou o caçador, uma abóbora com 60 quilos, um pinto com quatro patas,  uma lebre que bebia leite pelo biberão, um cacto gigante - “o mais alto da Europa” - que ainda hoje se ergue junto à casa onde o jornalista viveu (faleceu em 2009, com 97 anos).
Estes e muitos outros episódios insólitos espalharam-se por Portugal, nas páginas de jornais como o "Diário Popular", "Diário de Notícias", "O Primeiro de Janeiro" e "O Comércio do Porto", e pelo mundo, chegando aos tabloides americanos. A fama ganhou raízes e o Entroncamento tornou-se, oficialmente, “a terra dos fenómenos”.

Paula Carloto junto à antiga casa de Eduardo O. P. Brito onde ainda perdura o famoso cacto gigante

Nessa mesma década, um comerciante local, António Carloto de Castro, decidiu homenagear todos esses relatos que se ouviam nas ruas da (então) vila e materializou-os numa coleção de copos com imagens decalcadas, que oferecia às noivas que comprassem o seu enxoval na Casa Carloto. “Já na altura ele via esta reputação como algo positivo, uma oportunidade, uma marca”. As palavras são da filha, Paula Carloto, que hoje assume as rédeas do negócio da família. Revela-se uma “apaixonada” por essa reputação que se transformou em tradição na sua terra. E torce o nariz quando alguém se refere aos “fenómenos” de forma pejorativa. “O Galo de Barcelos também era considerado uma parolice. E agora é um ícone, um símbolo nacional, faz parte da História de uma cidade e do próprio país. É a mesma coisa com os fenómenos, são uma marca indelével do Entroncamento”.



A ligação emocional de Paula a esta peculiaridade da cidade é palpável. “A vida deu-me o privilégio de nascer numa terra com tantas histórias fantásticas”, afirma, com um brilho no olhar. Não só cresceu a ouvir as histórias no seio da família, como convivia com elas a cada esquina, a cada reunião com os colegas depois da escola, a cada visita ao novo sítio misterioso de que todos falavam. Mantém uma relação de proximidade com algumas dessas histórias. Uma delas, aconteceu a uma velha amiga.

Ana Isabel Inácio tinha quatro anos quando veio viver para o Entroncamento. Corria o ano de 1952 e os seus pais montaram uma taberna, ao lado da Casa Carloto, onde serviam sandes de chouriço e cinquenta litros de vinho por dia a maquinistas e funcionários da CP. “Na altura não havia televisão, ou se faziam filhos ou se convivia na taberna”, relembra Ana Isabel. Passava as tardes a brincar por lá ou no largo em frente, com as amigas. O pai era caçador e, numa das suas caçadas em Portalegre, matou uma lebre que, descobriu depois, tinha uma cria. Meteu-a dentro da camisa e levou-a para casa. “Isabelita, tenho uma prenda para ti”. Ana Isabel deu-lhe o nome de Chica e assumiu a responsabilidade de a alimentar. A menina de 10 anos criou um biberão artesanal, com recurso a uma garrafa de gasosa e uma chupeta, e todas as tardes dava-lhe de mamar no balcão da taberna. A lebre habituou-se à rotina e começou, ela própria, a segurar o próprio biberão. “Era tão engraçado, ela abraçava a garrafa, levantava-a e bebia o leite”. A Chica dormia numa caixa de sapatos atrás do balcão e, muitas vezes, interagia com os clientes. “Parecia um gato!”. Os clientes achavam piada. “Olha-me só para isto!”, “Mais um fenómeno pá”. As expressões de espanto foram-se acumulando e o caso não demorou a chegar às manchetes do Diário Popular, Século, A Capital e Jornal de Notícias: “Uma lebre que toma leite por biberão e brinca com os fregueses da cervejaria do seu dono”. O estabelecimento tornou-se uma atração turística. “Começou a vir gente de todo o lado, até ficavam lá à espera que eu saísse da escola para me ver a brincar com a Chica”, recorda Ana Isabel.

Ana Isabel com a lebre Chica na taberna Vila Franca (foto: Sónia Leitão)
Ana Isabel e Paula Carloto, no balcão da taberna Vila Franca, 60 anos depois 

Mas os fenómenos não pertencem só ao passado do Entroncamento. Nesta última Primavera, alguém abandonou uma pata na Praça Salgueiro Maia. Um dos comerciantes da zona trouxe ovos do seu galinheiro e deixou-os junto ao sítio onde a pata dormia. Poucos dias depois, alguém entrou a correr na loja Carloto. “Paula, tens de vir ver isto”. A proprietária nem queria acreditar nos seus olhos. “A pata tinha chocado os ovos e estava a passear pela praça com uma fila de pintainhos atrás”. Começaram a chover mensagens de WhatsApp na população e o caso chegou a redações digitais como o Entroncamento Online e o Tomar Na Rede. “Ainda hoje o povo se regozija com estas invulgaridades”, afirma Paula.

O fenómeno é intemporal. É imune às décadas e às geografias. “De Norte a Sul, todos conhecem a terra dos fenómenos. É um conceito que ultrapassou fronteiras, cruzou oceanos, chegou a outros continentes. Tornou-se um fenómeno do próprio país. Por isso, tenho a ambição que os fenómenos se tornem Património Cultural Imaterial do país”, assegura.

E Paula tem sido incansável na busca desse objetivo. Registou a marca “Fenómenos do Entroncamento” e criou uma linha diversificada de produtos alusivos, como copos, aventais, chocolates, louças, porcelanas, sabonetes, até t-shirts ou bodies para bebé com o slogan “Sou um fenómeno”. Ou em inglês. “Já eram muitos os turistas a exigir”. Estabeleceu parcerias e expandiu os produtos para fora da sua loja. Estão à venda no Museu Nacional Ferroviário, em vários restaurantes e hotéis locais e até no Convento de Cristo, em Tomar.
Decidiu também organizar uma parada anual dos Fenómenos. Inspirada na Disney, encomendou quatro enormes fatos mascote alusivos aos fenómenos a uma artesã local, Mona Martins. Um ovo, um cão, uma raposa e a incontornável lebre Chica. “O Melro branco é o próximo”, confidencia Paula.
Enquanto o evento não estreia, é frequente avistar as mascotes a passear pelo Entroncamento nas datas festivas da cidade.

Paula Carloto e Mona Martins no atelier da artesã

Paula Carloto com a mascote da lebre Chica no interior da Casa Carloto

Foi o caso nas filmagens do videoclip da música “Fenómenos do Entroncamento”.  Durante um café, Paula lançou o desafio a Pedro Dionísio (Dyonisio): orquestrar uma sinergia com músicos locais e imortalizar essa face desta terra numa canção. Pedro abraçou o desafio. Compôs a música e realizou um videoclip arrojado, recheado de storytelling e cuja produção galvanizou a povoação durante as filmagens e fez o Entroncamento recuar sete décadas até à primeiras páginas dessa sua história. “Foi o nosso contributo para a cultura da cidade do Entroncamento”, afirmou o músico. A estreia do videoclip, no cine-teatro da cidade, coincidiu com a concretização de um outro sonho de Paula. O lançamento do seu livro, "Fenómenos do Entroncamento - A Historia das Estórias”. Viveu acompanhada por essas histórias, por isso resolveu imortalizá-las num livro. “Senti que tinha chegado o momento de prestar tributo aos fenómenos e ao povo que os criou, aos jornalistas que os divulgaram e à minha família que os perpetuou”.

No entanto, há ainda uma página por escrever nos planos de Paula. Mas essa escrita está reservada para o futuro. “Quero criar o Hotel dos Fenómenos”. Nos jardins da sua casa, que está na família há 40 anos, há um velho armazém, atulhado de antiguidades e onde vive um Citroën dos anos 50. Paula pretende reaproveitar esse espaço e convertê-lo numa unidade hoteleira, com cada quarto dedicado a um fenómeno e decorado em conformidade.  

O armazém que será transformado no Hotel dos Fenómenos



No exterior, há um vasto jardim com dois plátanos “com mais de duzentos anos”, por onde deambulam, felizes, a Kira, a Bekas, a Carlota e a Sassá, quatro cadelas que Paula resgatou de um canil. A empreendedora é “muito ligada” à causa animal - colabora com a APABA e as suas lojas apoiam o resgate de cães e gatos abandonados e a sua integração em novos ambientes – e à sustentabilidade. “Recentemente, substituímos os sacos de plástico por sacos de pano nas lojas".  Esta última faceta está patente nos seus intentos. Há imensos móveis antigos que Paula pretende restaurar e utilizar na decoração do futuro hotel dos fenómenos. Junto à relva, há uma estante de madeira a ser envernizada. “Podia comprar uma nova, mas quero aquela, era do meu irmão, ainda me lembro do que estava nas suas prateleiras”. Este reaproveitamento, para além do “significado” intrínseco e da “maior quantidade de charme”, é uma opção “sustentável e ecologicamente responsável”.

O lagar, futuro salão para jantares e festas do Hotel dos Fenómenos

Já com esse objetivo em vista, num velho e amplo lagar da propriedade, há balcões antigos das lojas, armários envidraçados, aparadores, cadeiras e sofás, tudo a aguardar restauro. Paula tem planos muito específicos para esse espaço. Imagina-o não só como uma área de apoio ao hotel, como um salão para festas temáticas e jantares dos fenómenos. “Um espaço divertido e com muita carga histórica, que reproduza por imagens, palavras e sensações a época de 50/60 do século passado”. Sente-se o seu entusiasmo quando fala destes planos. Reabrem-se os olhos de menina fascinada com o vislumbre futuro de animados serões de Verão, com as portadas abertas para o jardim, o som do piano ou do violino misturado com o sabor do vinho, as paredes recheadas com livros de antigamente e as conversas e os debates a propagarem-se pela noite.

Consciente que este próximo passo envolve um investimento “volumoso e ambicioso”, a empreendedora mostra-se resiliente e confiante. “É uma história em construção”, afirma, com um sorriso cúmplice. Paula viveu rodeada de histórias e adora continuar a senti-las perto de si. “O meu passado é giro, dá-me gozo revivê-lo. Falar destes temas é uma grande alegria, tenho imenso amor pelo meu legado familiar e pela minha terra. Poder transformar esse amor no património histórico e cultural que representa a região é a minha maior motivação”.

Aveiro "Faz a Chamada" A Ideias Disruptivas | Candidaturas até 31 de Janeiro


A Câmara Municipal de Aveiro, no âmbito do projeto Aveiro STEAM City, tem a decorrer duas iniciativas de apoio ao desenvolvimento de projetos e ideias disruptivas.

Direcionados a startups, scaleups e centros de I&D, o Aveiro Urban Challenges e o Aveiro 5G Challenges, têm candidaturas abertas até 31 de janeiro de 2020, com prémios que podem chegar aos 25 mil euros por projeto vencedor.



16 de dezembro de 2019

18 dezembro | Lisboa | Workshop Estatísticas do Turismo: Novos resultados | Novos desenvolvimentos

O Instituto Nacional de Estatística, o Banco de Portugal e o Turismo de Portugal, promovem na próxima quarta-feira, dia 18 de dezembro, na sede do INE em Lisboa, um Workshop Estatísticas do Turismo: Novos resultados | Novos desenvolvimentos, no âmbito do protocolo de colaboração assinado entre estas 3 entidades em 2017, com o objetivo de desenvolver e aprofundar as estatísticas do Turismo em Portugal.

Temas que serão abordados:
- O setor do turismo nas estatísticas do Banco de Portugal
- Conta Satélite do Turismo
- Utilização de mobile e geo data na gestão de crises no Turismo
- Estatísticas sobre o alojamento local: perspetivas de desenvolvimento em 2020 

​O evento é encerrado pela Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.
Consulte o programa e faça a sua inscrição gratuita através do email sci@ine.pt


12 de dezembro de 2019

Desafio Digital para PME e Startups | Candidaturas até 28 de fevereiro


Está decorrer até 28 de fevereiro de 2020 o prazo para submissão de candidaturas ao Digital Innovation Challenge for Europe’s SMEs and Startups.

O concurso é dirigido a PME e startups que ambicionam inovar e expandir os seus negócios através do fornecimento de serviços e soluções digitais, interoperáveis, transfronteiriços e entre domínios.

As PME’s e Start-ups vencedoras ganham 50.000 €, 1º lugar, 20.000 € e 10.000 €, 2º e 3º lugar respetivamente.

Realiza-se uma sessão de esclarecimento sobre o concurso. Inscreva-se aqui.

Mais informação aqui

10 de dezembro de 2019

12 a 14 Dezembro | Viseu | IV Encontro de Investidores da Diáspora


A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, através do Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora (GAID), em parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Comunidade Intermunicipal de Viseu Dão Lafões, com o apoio da Câmara Municipal de Viseu, e a Entidade Regional da Turismo Centro de Portugal, promovem, entre os dias 12 e 14 de dezembro, no Pavilhão Multiusos de Viseu, o IV Encontro de Investidores da Diáspora.

Os Encontros de Investidores da Diáspora realizam-se anualmente, desde 2016, tendo tido lugar em Sintra, Viana do Castelo e Penafiel. Estes eventos visam fornecer aos empresários portugueses no estrangeiro o acesso a informação em áreas-chave das políticas públicas em Portugal, de apoio ao investimento.

A iniciativa tem também como objetivo facilitar o estabelecimento de redes de contacto entre os empresários portugueses no estrangeiro e aqueles que exercem a sua atividade em Portugal, permitindo-lhes a partilha de experiências e de boas práticas.
 
Consulte o programa e faça a sua inscrição através de email gaid@mne.gov.pt

6 de dezembro de 2019

Lançamento Portal de Competitividade para apoio às Empresas


A AD&C - Agência para o Desenvolvimento e Coesão.IP  e a CCIP - Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa promovem o lançamento do Portal da Competitividade, no dia 9 de dezembro, às 14h45 na sede da CCIP, em Lisboa.

O Portal da Competitividade tem por objetivo facilitar e motivar as empresas e os empreendedores na pesquisa de apoios à competitividade em Portugal.

Disponibiliza informação sobre apoios financeiros, permitindo aceder aos avisos de candidaturas no âmbito do Portugal 2020 e sobre outras oportunidades de financiamento da União Europeia, incluindo informação relativa a infraestruturas de acolhimento empresarial e infraestruturas tecnológicas em Portugal, bem como redes nacionais e internacionais de apoio à competitividade. 

Consulte o programa e faça a sua inscrição gratuita aqui.

5 de dezembro de 2019

9 dezembro | Torres Vedras | Ação de Formação - Como elaborar o plano financeiro da minha empresa


Realiza-se no dia 9 de dezembro, em Torres Vedras, com início às 14h30, o workshop "Como elaborar o plano financeiro da minha empresa", uma iniciativa promovida pelo Turismo de Portugal e IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, em parceria com várias entidades da envolvente económica, inseridas no Plano Nacional de Formação Financeira (PNFF). 

O objetivo desta ação é dar a conhecer aos formandos as fontes de financiamento mais adequadas aos seus projetos empresariais e salientar a importância do plano de negócio na negociação do financiamento.

A inscrição é gratuita, mas obrigatória. Consulte o programa e faça a sua inscrição

Para mais informação contacte a Academia de PME do IAPMEI através do email academia.pme@iapmei.pt.


2 de dezembro de 2019

06 dezembro | Anadia | Apresentação dos Incentivos para o setor do Turismo


O município de Anadia, no âmbito do programa “Invest em Anadia”, promove em parceria com o Turismo do Centro de Portugal, na próxima sexta-feira, dia 06 de dezembro pelas 14h30, no auditório do Curia Tecnoparque, em Tamengos, Anadia, uma sessão de apresentação dos Incentivos para o sector de Turismo, 

A sessão, direcionada a agentes económicos inseridos no setor do turismo, abordará diversos temas, nomeadamente os “Procedimentos legais no licenciamento e registo das atividades de turismo”, bem como os “Sistemas de Incentivos: Linhas de Qualificação da Oferta, Linha de Crédito Capitalizar Turismo, IFRRU – Reabilitação Urbana, SI Qualificação PME, SI Internacionalização, SI2E – Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e Emprego”.

No final da apresentação será aberto um espaço de debate onde os interessados poderão apresentar dúvidas e questões.

A participação é gratuita, mas com inscrição obrigatória, a qual poderá ser efetuada Aqui

27 de novembro de 2019

4 dezembro | 2º Congresso Alojamento Local | Torres Vedras


Face aos desafios inerentes à atividade turística, e a aposta da Região para ter um setor competitivo e dinâmico, a AIRO- Associação Empresarial da Região Oeste e a OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste  com o apoio do Município de Torres Vedras desenvolvem o 2º congresso de Alojamento Local Oeste Portugal, que vai decorrer no próximo dia 4 de dezembro, às 13.45h, no Cine-Teatro em Torres Vedras.

O congresso terá na sua base os seguintes painéis: 
Painel 1 – O Alojamento Local na Estratégia do Turismo 
Painel 2 – O Regime Jurídico e Fiscal do Alojamento Local
Painel 3 – Perspetivas para o Setor do Turismo

Programa:

13:45 – Recepção e acreditação dos Participantes

14:30 – Sessão de Abertura

Carlos Bernardes – Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras
Pedro Folgado – Presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste
Nuno Santos – Diretor da AIRO

15:00 – Painel 1 – O Alojamento Local na Estratégia do Turismo
             Moderador: Paulo Simões – OesteCIM
  • Pedro Machado – Turismo do Centro de Portugal – AL no Centro de Portugal – Uma Onda para Surfar
  • João Pereira – AHRESP – Alojamento Local: a sua importância para um destino turístico de sucesso CTP – Confederação do Turismo de Portugal*
  • Eduardo Miranda – Associação do Alojamento Local em Portugal
15:45 – Painel 2 – O Regime Jurídico e Fiscal do Alojamento Local
             Moderador: Nuno Santos – AIRO
  • Ana Blanco – Turismo de Portugal – Últimas alterações do Regime Jurídico do Alojamento Local
  • Ana Cristina Moura – ASAE – Fiscalização do AL
  • Sónia Martins Arêde e Cristina C. Serrazina-PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados – Alojamento Local: Leis e Impostos – Tudo o que precisa de saber
  • Marco Martins – Coordenador Municipal da Proteção Civil de Óbidos – A Importância das Medidas de Segurança contra Incêndios em Edifícios
16:30 – Painel 3 – Inovação no Alojamento Local
             Moderador: Daniel Pinto – Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste
  • Paulo Almeida – CITUR – Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação e Turismo _A valorização da Oferta através dos produtos endógenos (como Criar um produto turístico com o AL
  • Teresa Cascais – Sítio do AL – Plataforma agregadora de produtos e serviços para o Alojamento Local
  • Sara Duarte – Acessible Portugal – TUR4all, apresentação plataforma turismo acessívelNoah – Boas Práticas no AL
17:30 – Encerramento
  • Secretária de Estado Turismo – Rita Marques (a confirmar)

Espaço de Apoio ao Investimento Turístico - Reuniões com a equipa de Apoio ao Investidor do Turismo Centro de Portugal (Inscrição obrigatória, mas limitada).

26 de novembro de 2019

DEMO DAY: Projetos do Newton apresentam pitch final (4 de Dezembro)


No próximo dia quatro de dezembro (quarta-feira), a partir das 14 horas, no auditório do Edifício D do Instituto Pedro Nunes, decorre o pitch final dos vários projetos a concurso que foram desenvolvidos ao longo das sessões desta terceira edição do programa Newton.

Se tem curiosidade em conhecer estes projetos e saber como o programa de aceleração Newton pode ajudar ideias inovadoras, pode assistir ao DEMO DAY, o evento é gratuito e aberto à comunidade.
Promovido pela RIERC – Rede de Incubadoras de Empresas da Região Centro com o apoio do Turismo de Portugal e Turismo Centro Portugal, o Newton foi concebido para apoiar projetos de empreendedorismo na área do Turismo.

O Apoio ao Investimento Turístico do Turismo Centro de Portugal está a contar as histórias de empreendedorismo por trás de todos estes projetos na sua página do Facebook.

O programa completo do DEMO DAY será divulgado em breve.

Mais informações sobre o Newton aqui.

27 e 28 novembro | Castelo Branco | Congresso Inovaction


A InovCluster - Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro, o CATAA - Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar e o CEI-Centro de Empresas Inovadoras, promovem o Congresso Inovaction, nos próximos dias 27 e 28 de novembro, no CEI – Centro de Empresas Inovadoras, em Castelo Branco.

O programa inclui temáticas, como a Inovação e Empreendedorismo, a Desmaterialização através da Digitalização, a Indústria 4.0, a Internacionalização, bem como ações de investigação e desenvolvimento no sector industrial.
A participação no congresso é gratuita mas com inscrição obrigatória. 

Consulte o programa e faça a sua inscrição Aqui

21 de novembro de 2019

2ª Edição do Programa BEST-Business Education for Smart Tourism


O Turismo de Portugal, em parceria com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e as associações do setor, lança a 2.​ª edição do BEST – Business Education for Smart Tourism, um programa nacional de capacitação de empresários, empreendedores e gestores de Turismo, que integra um conjunto de ações de formação e de qualificação em temáticas como o digital, o marketing, os modelos de financiamento, a gestão financeira e operacional e os recursos humanos. O Programa BEST​ tem como objetivo promover o desenvolvimento das competências estratégicas e de gestão competitiva das empresas turísticas e incentivar a sua preparação relativamente aos atuais desafios e tendências do mercado global.

Calendário das sessões já agendadas no Centro de Portugal para 2019 e 2020 

22 novembro | Fátima |14h30-18h30 | Técnicas de Marketing Digital na Hotelaria 
Realização: Escola Profissional de Hotelaria de Fátima - Inscreva-se Aqui

Local da Realização: Escola Profissional de Hotelaria de Fátima - Inscreva-se Aqui 

Local da Realização: Escola Profissional de Hotelaria de Fátima - Inscreva-se Aqui

4 dezembro 2019 | Caldas da Rainha | 14h00-18h00 | Estratégia de Marketing Digital no Turismo 
Local da Realização: Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste - Inscreva-se Aqui 

9 dezembro 2019 | Fátima | 14h30-18h30 | Cost Management na Restauração 
Local da Realização: Escola Profissional de Hotelaria de Fátima - Inscreva-se Aqui

Local da Realização: Delegação de Viseu da AHRESP - Inscreva-se Aqui

Local da Realização: Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste - Inscreva-se Aqui

Local da Realização: Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra - Inscreva-se Aqui

Local da Realização: Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra - Inscreva-se Aqui

20 de novembro de 2019

26 novembro | Tondela | Conferência "As Regiões de Baixa Densidade, uma oportunidade de Desenvolvimento"


A Câmara Municipal de Tondela, em parceria com o Jornal Expresso, promove no próximo dia 26 de novembro, com início às 15:00, no Mercado Velho de Tondela, uma conferência intitulada “As Regiões de Baixa Densidade, uma oportunidade de desenvolvimento”.

A conferência terá, e contará com dois painéis distintos, sendo o primeiro focado nas políticas públicas para territórios de baixa densidade, procurando-se debater soluções para a fixação de jovens quadros, bem como analisar questões como a demografia e a inovação nesta região. O segundo painel será composto por CEO’s de indústrias com sede no concelho de Tondela, que trarão ao encontro uma perspetiva empresarial de quem optou por se localizar no interior.

A participação é gratuita mas com inscrição obrigatória. Para mais informação consulte o website www.cm-tondela.pt


19 de novembro de 2019

Coolaboola: A Persistência da Memória


Na aldeia de Izeda, em Trás-os-Montes, havia uma casa com uma janela aberta de onde escoavam músicas de Elvis Presley ao entardecer. Lá dentro, sentada no chão junto à grafonola, uma menina de sete anos escolhia os discos. Não sabia explicar bem porquê, mas aquela sonoridade levava-a para longe, para um mundo que nunca conhecera. Queria fazer mais do que o conhecer. Queria vivenciá-lo. E conseguiu, pelo menos um bocadinho, quando trouxe o filme “Grease” do clube de vídeo. Viu e reviu a cassete VHS imensas vezes e até ia para a escola de casaco de cabedal e t-shirt branca. O fascínio por essa onda dos anos 50 era inexplicável, mas sabia que se sentia feliz quando a surfava. “Uma surfista do tempo, aí está um belo conceito”, parece pensar, ao sorrir enquanto leva aos lábios o líquido alaranjado do Aperol Spritz e contempla, a partir do terraço do seu Coolaboola, a cor crepuscular nas fachadas dos edifícios históricos da Baixa de Coimbra. Ou então talvez pense na inesquecível cena idílico romântica que testemunhou na primeira vez que subiu aqui. Ou nos 30 anos que separam o entardecer de Izeda deste conimbricense. Cátia Melo nunca abandonou essa paixão pelo retro, pela nostalgia, pelo encanto da memória. Foi ainda mais longe. Juntamente com o músico por quem se apaixonou, Pedro Serra, transformou tudo isso num negócio que ameaça encher a cidade de experiências turísticas.  

A chegada a Coimbra ocorreu no novo milénio. Cátia tinha 18 anos, queria ser antropóloga e viver a experiência académica da eterna cidade dos estudantes. Imaginava as repúblicas como “sítios boémios onde se bebesse vinho e comesse queijo pela noite dentro, a dissertar política, antropologia ou outras questões humanitárias”. Bateu à porta da República das Marias do Loureiro. “Feminista, anti-praxe, era a minha cara”. Entrou, ficou, encontrou a boémia, os debates e ainda mais: “Um porto seguro e um sítio de liberdade, para estar, para ser e viver em comunidade”.   
Entre o curso, um mestrado e uma pós-graduação, Cátia viveu lá 12 anos. Durante esse tempo, o seu amor por objetos antigos continuou aceso. Durante as obras de requalificação da Igreja de São Salvador, algum do seu recheio foi atirado ao lixo. “Fomos logo lá”. Nessa mesma noite, um oratório estava a decorar a sala da república, os bancos de oração aumentaram o número de lugares à mesa e Cátia passou a ter um sacrário como mesinha de cabeceira. “A minha paixão pelas antiguidades aliava-se à nossa necessidade de reaproveitamento em nome da auto-sustentabilidade”, relembra. Estava sempre atenta quando as vizinhas deitavam fora rádios ou gira-discos antigos. “Aproveitava tudo”. Embora Cátia sentisse particular nostalgia por itens dos anos 80, por terem acompanhado a sua infância, a sua perdição eram as décadas de 30 a 60.


Era isso que a levava ao Café Académico, “spot dos artistas e do pessoal das bandas”.  Cátia sentia-se atraída pela cena musical de Coimbra, pelo fenómeno rockabilly (subgénero do rock que nasceu nos EUA nos anos 50) que efervescia na cidade. Bandas como Tédio Boys e Ruby Ann & The Boopin Boozers espalhavam a sonoridade dos anos 50 pela ruas e os músicos reuniam-se nesse bar da Praça da República. Cátia ficava sempre cá fora. “Fizesse sol ou frio, sou uma menina de esplanadas”. Nas poucas vezes que ia ao balcão, reparava sempre num tipo de cerveja na mão e a gritar, repetidamente, ao dono: “Isto um dia vai ser meu”. Ele também reparou nela. “É a Cátia das Marias”, alguém disse. “A partir daí nunca mais me largou”, recorda Cátia, com um sorriso. “Um dia convidou-me para beber vinho, servido em copos próprios e acompanhado de muito queijo. Apaixonei-me logo!”.  O tipo era Pedro Serra, guitarrista e co-fundador  da banda Ruby Ann & The Boopin Boozers. Pouco tempo depois, no final do Verão de 2013, viajaram juntos para Calaffel, na Catalunha, onde decorria o festival High Rockabilly. Numa das noites, foram a um bar tiki, “daqueles com as bebidas servidas nas carantonhas exóticas do Havai”. “O meu sonho era ter um bar destes”, disse-lhe Pedro. “Falamos animadamente sobre isso”, relembra Cátia. “Foi nessa noite que começamos a colar esse plano às nossas paixões, aos gostos dele e aos meus”.


“Eu não te disse?”, questionou Pedro, enquanto assinava o contrato de aquisição com o (ex)dono do Café Académico. E assim o emblemático estabelecimento transformou-se num sítio nostálgico, “onde se podem escutar músicas de uma velhinha Jukebox enquanto se desfruta de petiscos, cervejas artesanais, sangrias caseiras e cocktails tropicais”.
No entanto, o casal sentia que o seu sonho empreendedor não ficava por aqui. Havia um desígnio, denso, intangível mas indelével, que continuava a pairava no ar. “Não sabíamos propriamente o quê, mas desejávamos um espaço que reunisse todas as nossas paixões”. E elas eram muitas, embora a que mais ardesse no interior de Cátia fosse uma concept store, onde pudesse dar azo ao seu eterno encanto pelo glamour do design retro e pela cor dourada da recordação. “Sempre gostei das histórias antigas, quando era pequena sentava-me com a minha avó e ouvia, deliciada, os contos da vida dela e das amigas”. Nessas chamas também refulgia uma loja de tatuagens, uma barbearia clássica e imensas outras ideias ainda por definir.
Só faltava aguardar pela altura certa e, especialmente,  pelo imóvel certo. “Este último demorou mais tempo”. Após vários anos a visitar espaços para venda e aluguer na Baixa, surgiu a oportunidade de integrar parte do antigo edifício das Galerias Coimbra, na Praça do Comércio, reaproveitado este ano pela empresa The Loop Company. “Foi amor à primeira vista”.


A luz alaranjada do entardecer debruçava-se sobre as fachadas dos edifícios da Baixa de Coimbra. Era Inverno, mas havia andorinhas a voar. Numa das varandas dos prédios, indiferente ao frio e ao vento, uma rapariga em tronco nu tocava violino. Não é uma cena de um filme. Este foi o cenário com que Cátia deparou na primeira vez que subiu ao terraço do seu novo espaço. “Não podia ser mais maravilhoso, mais idílico”. Foi nesse momento que constatou que o seu Coolaboola seria muito mais que um conjunto de serviços. Seria um conjunto de emoções. Um conjunto de experiências.
Dois dias antes deste último Verão, o sonho abria as suas portas à cidade.

Quem as atravessa, no rés-do-chão, encontra uma loja vintage, com diversos produtos de décadas passadas, telefones de disco, máquinas fotográficas instantâneas Fuji, vitrolas, capacetes tradicionais portugueses, brinquedos de antigamente e inúmeros outros artigos retro. Alguns são réplicas, outros genuínos, como umas malas de couro resgatadas de um velho armazém em Espanha, ainda com jornais valencianos datados de 1975 como enchimento. As visitas despertam sempre memórias. E emoções. “Há uma senhora, a quem a vida não tem corrido muito bem, que adora entrar na loja, diz que os objetos que vê e toca lhe fazem recordar os melhores anos da sua vida, a infância, a adolescência, a vida de casada, a vida de mãe”, afirma Cátia, com um sorriso emocionado. “Já outras pessoas contam-nos histórias associadas ao passado do edifício, que adoramos sempre ouvir”. Nesses momentos, Cátia sente cumprido o objetivo que sempre alvejou: “trabalhar a memória, a nostalgia, as sentimentos e as emoções”.

Ao fundo da sala há um bar retro, com cerveja artesanal – incluindo uma edição dedicada a Portuguese Pedro, o atual projeto musical de Pedro Serra – e vários cocktails clássicos. “Há fãs da série Mad Men que vêm cá de propósito beber um old fashioned”. O som ambiente provém de um gira-discos. Num caixote estão várias edições especiais de discos vinil de bandas emblemáticas de Coimbra, fruto de uma parceria com o produtora conimbricense Lux Records, que os clientes podem escolher e pôr a tocar. Cátia diverte-se imenso com a reação das crianças. “Algumas perguntam-nos: como é que estes risquinhos têm música?”.



Na cave, há um boutique feminina com peças vintage. De vez em quando, Cátia fotografa as clientes com os vestidos em pose de pin-up, com um rádio ao lado e os discos no chão, partilhando posteriormente as imagens no Instagram do Coolaboola. “Experimentar roupa aqui também é uma experiência”.

Ao subir as escadas, há uma barbearia clássica, onde é possível fazer a barba de forma tradicional. “Usamos o método italiano, a navalha, a toalha, o cheirinho dos produtos, é uma experiência muito relaxante, um autêntico spa masculino”. Os cortes de cabelo são também no estilo clássico, “com styling em bilhantina e tudo”. Cátia recorda as palavras de um surfista neo zelandês, que estava a beber uma cerveja no bar e decidiu, espontaneamente, substituir o seu longo e selvagem penteado por um corte clássico. “Saiu da cadeira com um sorriso do tamanho do mundo, a dizer que nunca tinha pensado sentir-se tão bonito”.


Alguns degraus acima, há uma loja de tatuagens, “com cenas vintage deliciosas”. Os olhos de Cátia brilham particularmente quando pronuncia essas palavras. Destaca também o ambiente “tranquilo e convidativo”, onde os clientes podem conhecer os tatuadores, conversar, tirar dúvidas, esclarecer receios. “Recebemos tatuadores de todas as especialidades, ajustadas às pretensões dos clientes”.

No último andar, há um bar mais intimista – onde se servem refeições gourmet e cocktails que são “autênticas experiências sensoriais” – que Cátia idealizou para organizar eventos, festas temáticas ou “listening parties”, onde um artista pode apresentar o seu álbum ou um colecionador pode organizar uma sessão de audição com os seus discos preferidos. É aqui que fica o terraço, onde se pode sorver uma bebida clássica com vista para a Baixa conimbricense.



Tudo isto torna o Coolaboola um espaço heterogéneo. Mas Cátia e Pedro queriam, sonhavam com mais. E por isso traçaram um plano para inundar Coimbra de experiências turísticas. Duas já estão em prática:

Passeios com o Dallas
Em 2013, poucos meses antes de conhecer Cátia, Pedro comprou um Cadilac DeSoto de 1951 a um conhecido de Famalicão, que o tinha importado dos Estados Unidos. “Ele era fascinado pela série ‘Dallas’ e tinha batizado o carro com esse nome. O Pedro achou piada e decidiu manter”. O casal fez roadtrips pelo país no “Dallas” e adorou a experiência. Decidiram partilhá-la com mais pessoas. “É um carro charmoso e imponente, de seis lugares, sentimo-nos um diplomata lá dentro”, refere Cátia. “Imaginem sair daqui de carro clássico, fazer uma prova de vinhos na Bairrada e passar por sítios cheios de charme, como o Luso ou as aldeias do xisto”.


Mini-tour
Um grupo de crianças dos cinco aos 12 anos arrancam do Coolaboola para conhecer a cidade. Na companhia de uma animadora sócio-educativa, vão ao posto de turismo buscar os mapas e começam a explorar os recantos da Baixa, equipados com bússolas e binóculos. Levam também uma máquina fotográfica instantânea e cada um pode tira uma foto no sítio que quiser. “A perspetiva deles é giríssima, vêm coisas que nós não vemos. As fotos saem na hora, o entusiasmo deles ao ver as fotografias é incrível”, revela Cátia. O grupo anda pelas ruas e ouve inúmeras histórias sobre os lugares que encontram. O roteiro geralmente acaba na Sé Velha. “Para eles é um castelo, um castelo mágico, com jardins e claustros, ficam fascinados”.
Há ainda dois eventos complementares, dedicados ao publico infantil. Um workshop de teatro (para crianças dos oito aos 12 anos) na Praça do Comércio e uma “tour brincadeira”, onde as crianças vão aos espaços verdes da cidade apenas com um intuito: brincar. “Aprendem a saber estar ao ar livre, a sujarem-se à vontade, a sentirem-se livres, com a sensação de estarem no campo, na plena liberdade da natureza”.


E depois há as experiências futuras, a implementar em breve. Há um elo comum entre elas: “Não vão ser tours chatas”, garante Cátia. “Há muitas cidades dentro da própria cidade. Há a cidade de cada um de nós. A melhor forma de experienciar e vivenciar a cidade genuinamente, de forma mais intensa, é mostrar a Coimbra dos seus diversos personagens”. Cada uma dessas perspetivas peculiares – explica Cátia – terá uma tour autónoma.

A Coimbra de um Poeta, “onde os turistas acompanham um poeta conimbricense, conhecedor da história literária da cidade, que conta a história dos poetas que aqui viveram, que aqui se inspiraram e escreveram, passando pelos seus bares e outros antros de boémia”. 

A Coimbra de uma Estrangeira, “onde temos a perspetiva de uma chilena que vive na Baixa há um ano. É a Coimbra das memórias dela, do que a fez apaixonar-se pela cidade. Ela consegue entusiasmar-se por uma Coimbra que quem já vive aqui há muito tempo já não sabe viver, já não conhece ou sequer repara. Os habitantes vão ficar estupefactos. Vão visitar sítios onde nunca tinham sequer ponderado ir”.



A Coimbra de um Estudante. “Eles sabem mostrar Coimbra. A parte alta da universidade, a Sé Velha, os espaços de convívio na Praça da República, a Baixa da boémia, os mistérios das repúblicas, há imenso para viver e descobrir”.

A Coimbra de um Fotógrafo, “onde se conhecem as paisagens, as ruas e becos estratégicos para as melhores fotos em Coimbra. Tem-se em conta a luz natural, os melhores instantes, as melhores horas. Aqui, os turistas são os protagonistas da sua própria tour”.

A Coimbra de um Historiador de Arte, “que navega muito especificamente pela História de Coimbra, desde turismo religioso, uma tour medieval e até um roteiro dedicado aos azulejos, há património riquíssimo para conhecer na Baixa e na Alta da cidade”.

A Coimbra de um Arqueólogo, “um roteiro não exaustivo, mas divertido, que repesca as histórias da História. Há histórias giras, românticas, sórdidas, até macabras nesta cidade”.


Há outras experiências por descortinar, como “wine games” ou “experiências pin-up ligadas ao cocktail bar”, mas que por agora ficam no “segredo dos deuses”, entre outros desígnios arrojados deste Coolaboola, onde a colaboração faz, como o nome induz, parte do código genético do empreendimento. “Tudo isto é possível devido às sinergias que estabelecemos”, afirma Cátia. “Eu e o Pedro temos a aptidão de aproveitar o melhor das pessoas, das suas qualidades, criatividade e ideias brilhantes, para formarmos parcerias que nos permitem fazer coisas incríveis”.

O longo caminho percorrido até aqui também ajudou. “Muito”. Cátia foi produtora de eventos, celebrante de funerais, roadmanager de bandas de música, fez catering e trabalhou numa loja de tatuagens. Em todas essas funções aprendeu diversas lições, mas há uma que se destaca: “Aprendi a puxar os cordelinhos certos para fazer acontecer o melhor de uma pessoa”.

A mulher que se imaginava antropóloga, a viajar pelo mundo e a explorar África de camelo é hoje uma recordação distante. Cátia sorri quando se lembra dela. A despedida foi amigável. E esse sorriso alarga-se quando deambula pelos recantos do seu novo destino, onde passado e futuro caminham de mãos dadas.

14 de novembro de 2019

19 novembro | Coimbra | Workshop "Como elaborar o plano de negócios da minha empresa"



Realiza-se no dia 19 de novembro, na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, o workshop "Como elaborar o plano de negócios da minha empresa", uma iniciativa do IAPMEI e do Turismo de Portugal  integrada no Plano Nacional de Formação Financeira.

O objetivo desta ação é dar a conhecer aos formandos os passos necessários à elaboração de um plano de negócios e quais as suas componentes, bem como a sua importância na estruturação e defesa de uma nova ideia de negócio e na facilitação do acesso a diversos tipos de financiamento.  

A participação é gratuita, mas com inscrição obrigatória.


Para mais informação contacte a Academia de PME do IAPMEI através do email academia.pme@iapmei.pt.


13 de novembro de 2019

2ª Edição do Programa BEST-Business Education for Smart Tourism



Turismo de Portugal, promove em parceria com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP)  e as associações do setor, a 2.​ª Edição do BEST – Business Education for Smart Tourism, um programa nacional de capacitação de empresários, empreendedores e gestores de Turismo, que integra um conjunto de ações de formação e de qualificação em temáticas como o digital, o marketing, os modelos de financiamento, a gestão financeira e operacional e os recursos humanos. O Programa BEST​ tem como objetivo promover o desenvolvimento das competências estratégicas e de gestão competitiva das empresas turísticas e incentivar a sua preparação relativamente aos atuais desafios e tendências do mercado global.

O Programa tem uma periodicidade anual, associada ao ano escolar e abrange todo o território nacional. A participação nas ações é gratuita e sujeita a inscrição​ prévia.

15 novembro | 9:30-13:00 | Caldas da Rainha | Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste

22 novembro | 14:30-18:30 | Fátima | Escola Profissional de Hotelaria de Fátima 

25 novembro | 14:30-18:30 | Fátima | Escola Profissional de Hotelaria de Fátima 


Mais informação no website www.turismodeportugal.pt


12 de novembro de 2019

Exercício público de sensibilização para o risco sísmico 15 de novembro, pelas 11h15

A Terra Treme é um exercício organizado anualmente pela Autoridade Nacional de Proteção Civil. Pretende alertar e sensibilizar a população sobre como agir antes, durante e depois da ocorrência de um sismo. 

Assim, convidamo-lo a promover e participar na iniciativa A Terra Treme, exercício público de âmbito nacional de sensibilização para o risco sísmico, que se realiza a 15 de novembro pelas 11h15 e tem a duração de 1 minuto.

O exercício a Terra Treme visa exercitar os 3 gestos que salvam: Baixar, Proteger e Aguardar, e dar a conhecer aos cidadãos as medidas preventivas e os comportamentos de autoproteção a adotar antes, durante e depois de um sismo. O objetivo do Exercício é contribuir para o incremento de uma sociedade mais segura e resiliente às catástrofes.
A participação pode ser individualmente ou em grupo, em qualquer local onde se encontrem. E para que Autoridade Nacional de Proteção Civil, possa acompanhar os participantes em todo o país, deverá ser feita a inscrição.

Para mais informação clique Aqui


11 de novembro de 2019

18 a 24 novembro | Semana do Empreendedorismo | Aveiro



A Universidade de Aveiro irá dinamizar, no período de 18 a 24 de novembro, no Espaço Viver a UA, uma semana dedicada ao Empreendedorismo, com vários workshops, conferências e encontros de networking. Serão focadas várias temáticas cruciais ao desenvolvimento de uma ideia de negócio e de uma empresa, nomeadamente: Financiamento, Inovação, Modelo de Negócio, Design Thinking e Storytelling, e dadas a conhecer algumas iniciativas externas de apoio ao empreendedorismo.

O programa contempla, assim, o envolvimento de representantes de várias empresas e entidades que irão partilhar com os presentes não só o trabalho dinamizado, como as oportunidades existentes para alavancar novos projetos empreendedores.

A semana encerra com o startup weekend, um evento de imersão em inovação e tecnologia, o qual desafia os participantes a transformar uma ideia de negócio numa startup durante 54 horas.

A participação nos diferentes eventos da Semana é gratuita, à exceção do Startup Weekend, no entanto deverá ser formalizada aqui, até ao dia 15 de novembro. 

Consulte o programa detalhado


6 de novembro de 2019

Politécnico de Leiria dinamiza II Semana da Empregabilidade


O Politécnico de Leiria promove nos dias 26 e 29 novembro, a II Semana da Empregabilidade em todas as escolas da instituição.

O programa de atividades, inclui ações sobre o desenvolvimento de competências, aconselhamento de carreira, revolução das aptidões, gestão de talento, sensibilização para o empreendedorismo, testemunhos de alumni e mostra de empresas e entidades.

Com esta iniciativa o Politécnico de Leiria pretende contribuir para a inserção profissional dos estudantes e diplomados na vida ativa, proporcionando ainda um espaço privilegiado de networking entre os diferentes stakeholders do mercado de trabalho.

Haverá uma área de exposição, com a presença de 66 empresas e entidades, que vão disponibilizar mais de 1.000 ofertas de emprego e estágio em diversas áreas ministradas pelo Politécnico de Leiria.

Mais informações em bolsa.emprego@ipleiria.pt



4 de novembro de 2019

IAPMEI dinamiza Semana do Empreendedorismo


Entre os dias 12 e 21 de novembro, o IAPMEI dinamiza a Semana do Empreendedorismo que vai percorrer quatro cidades do país para dar a conhecer os programas e as redes de apoio disponíveis para o empreendedorismo e inovação.

Durante os encontros, haverá ainda lugar para a partilha de histórias de sucesso de empreendedores contadas na primeira pessoa.

A Semana do Empreendedorismo arranca no Porto, no dia 12, seguindo-se Leiria (dia 13), Castelo Branco (dia 14) e Évora (dia 21).

Saiba mais sobre a Semana do Empreendedorismo.


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