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29 de abril de 2019

14 maio | Coimbra | Sessão Programa BEST-Hotel Hotel Revenue Management: Estratégias para aumentar as receitas e otimizar as oportunidades

O Turismo de Portugal, em parceria com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e as associações do setor, promove no âmbito do BEST – Business Education for Smart Tourism, uma ação de formação, cujo tema é, "Hotel Hotel Revenue Management: Estratégias para aumentar as receitas e otimizar as oportunidades", no próximo dia 14 de maio, com início às 14h00, na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra

Esta sessão foca as seguintes temáticas:
  • Enquadramento: conceitos básicos de Revenue Management
  • Evolução do papel do Revenue Manager
  • Desenvolvimento de uma Estratégia: variáveis a considerar 
  • Processos na implementação da Estratégia
A participação é gratuita mas sujeita a inscrição prévia.​​​​​ 

Formulário de Inscrição | Programa

23 de abril de 2019

Daquiparali agora é Euvoo: E leva consigo uma novidade pioneira para a Região Centro



Marisa Maganinho tinha um sonho. Abrir uma agência de viagens que se centrasse nos públicos com necessidades de acessibilidade: surdez, cegueira, mobilidade reduzida. Juntamente com o marido, André Taipina, concretizou-o em finais de 2017. A passagem pelo Apoio ao Investimento Turístico, no Turismo Centro de Portugal, foi um dos degraus que percorreu. Ser finalista nos prémios de empreendedorismo José Manuel Alves foi outro. Mas a escada não ficou por aqui. Este ano, o sonho mudou de nome. 

A DaquiparaLi – cuja história contámos na nossa reportagem – agora chama-se Euvoo. A mudança, confessa a empreendedora, já estava a ser equacionada e testada pela equipa há alguns meses. “Temos alguns projetos e conceitos novos com os quais queremos avançar este ano e pretendíamos uma designação mais adequada”, afirma Marisa. 
No entanto, a mudança não surgiu de ânimo leve. Houve “reflexão profunda” no seio da equipa, até porque persistia alguma ligação sentimental à designação original. Mas as dúvidas acabaram por ser dissipadas pelo destino. Um dia, Marisa efetuou alguns testes com as novas opções para fazer registo da marca e, com surpresa, constatou que o nome antigo já não estava disponível. “Concluímos que era um sinal, foi aí que tivemos a certeza que era mesmo para avançar com a mudança”. 

Os clientes da empresa reagiram positivamente. “Brincam imenso connosco com o novo nome, fazem trocadilhos, é muito divertido”. Os operadores iniciam os telefonemas com a questão: “Para onde vamos?”. Já os novos clientes questionam a designação e o slogan que a acompanha – Sem limites – o que abre a porta a conversas mais aprofundadas sobre o fator diferenciador da empresa. “Ficam a debater connosco questões de acessibilidade e isso é maravilhoso”, afirma Marisa. “Sentimos que cada vez mais damos a conhecer a nossa missão ao cliente e que estamos a chegar um pouco mais além com o conceito de ‘acessibilidade’ e a necessidade de quebrar barreiras”. Marisa sorri e prossegue: “Costumo dizer várias vezes que quando temos a possibilidade de nos dar a conhecer pelo que fazemos no ramo do turismo acessível, podemos até não faturar mas o dia já valeu muito a pena”. 


Após um ano de estreia “bom”, Marisa está a preparar terreno para implementar novidades em 2019. “Um CEO tem aquilo a que costumamos chamar de ‘bicho carpinteiro’, não consegue parar”, afirma, sorridente. “No fundo, queremos ser uma caixinha de surpresas constante para os nossos clientes”. 

Para já, há duas que devem sair em breve da caixa. “São dois projetos ainda numa fase muito embrionária que estamos a começar a executar para brevemente darmos novidades à comunidade surda”, partilha Marisa. 

Confidencia que um desses projectos assenta num “serviço e conceito diferentes” que a Euvoo pretende explorar em Coimbra. Embora ainda esteja embrulhada em segredo, Marisa avança que a ideia surgiu de uma necessidade que constatou existir, devido aos “constates e diferentes” pedidos que são feitos à sua agência. “Há procura, por isso há mercado, logo, na Euvoo vai haver oferta”. 

Com uma precaução tão tangível quando meticulosa nas respostas, procurando não cair na tentação de desvendar algo a mais do que inicialmente definiu, Marisa sorri enigmaticamente. “Para já posso dizer que já estabelecemos contacto com o Apoio ao Investimento Turístico do Turismo Centro de Portugal para averiguar apoios em vigor para este novo projeto. O caminho está a ser traçado”. 


O projeto da Marisa Maganinho foi finalista da terceira edição do Concurso de Empreendedorismo Turístico / Prémio José Manuel Alves, organizado pela Entidade Regional do Turismo do Centro de Portugal desde 2016. O galardão destina-se à deteção e apoio a projetos inovadores no setor do Turismo com implementação na região Centro de Portugal, sendo atribuído ao vencedor o Prémio José Manuel Alves, em homenagem ao percurso do ex-presidente da Região de Turismo do Centro, que esteve na génese da criação do gabinete de Apoio ao Investimento Turístico, na região Centro de Portugal. 

27 de abril a 02 maio | Gastronomia em Coimbra – Cultura, Territórios & Sustentabilidade


A Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra em parceria com o Instituto Politécnico de Coimbra e Universidade de Coimbra, promovem nos próximos dias 27, 29 e 30 de abril e 02 de maio, uma iniciativa dedicada ao ensino e investigação em Gastronomia, sob o tema “Gastronomia em Coimbra - Cultura, Territórios & Sustentabilidade". 
Trata-se de um evento cujo grande objetivo é desenvolver sinergias entre estas Unidades de ensino, os empresários e as instituições de turismo, potenciando a promoção integrada da aprendizagem e da transferência de conhecimento para o setor do turismo.

Programa 
27 de abril - Conversas Gastronómicas com Alexandre Scherer (Restrito a autarquias e entidades da área da gastronomia)
29 e 30 de abril - III Encontro de Estudos Superiores em Gastronomia
2 de maio - As Mulheres na Gastronomia - Investigação, Produção, Comunicação, Transformação

A participação é gratuita com inscrição obrigatória.


Finalistas da edição 2019 dos Prémios TCP são anunciados hoje


O júri da edição 2019 dos Prémios do Turismo Centro de Portugal já deliberou. 
Hoje vão conhecer os oito finalistas do Prémio de Empreendedorismo Turístico (Prémio José Manuel Alves) e os 10 finalistas do Concurso de Teses Académicas (cinco teses de mestrado e cinco teses de doutoramento). 

No total, concorreram 63 projetos de empreendedorismo e foram apresentadas 20 teses académicas. 

O júri é composto por Isabel Reis (Opium), Adriana Rodrigues (Turismo Centro de Portugal), Sílvia Silva (Centro de Estudos Sociais), Isabel Marto (IDDNET), Eunice Lopes (Instituo Politécnico de Tomar) e Gonçalo Gomes (Turismo Centro de Portugal). 

Os resultados serão anunciados durante a tarde. 

Relembramos que o Concurso de Empreendedorismo Turístico / Prémio José Manuel Alves é organizado anualmente pelo Turismo do Centro de Portugal desde 2016 e destina-se à deteção e apoio a projetos inovadores no setor do turismo com implementação na região Centro de Portugal, sendo atribuído ao vencedor o Prémio José Manuel Alves, em homenagem ao percurso do ex-presidente da Região de Turismo do Centro, que esteve na génese da criação do gabinete de Apoio ao Investimento Turístico do Turismo Centro de Portugal.

O Concurso de Teses Académicas, igualmente organizado anualmente pelo Turismo Centro de Portugal, vai na sua terceira edição e tem o objetivo de valorizar o conhecimento gerado no seio da comunidade científica sobre a atividade turística e de o aproximar das empresas do setor do turismo e de todos os interessados em desenvolver projetos de empreendedorismo turístico. 

17 de abril de 2019

Nonna: Uma “avó” cheia de consciência ecológica


Desde a adolescência que Sidónio Frazão (40) tem uma paixão pelas áreas da hotelaria e restauração. Nos tempos da escola secundária, em Fátima, procurava empregos em restaurantes e hotéis durante as férias ou fins-de-semana. Empregado de mesa, barman, o que lhe importava é estar inserido nesse mundo. Quando fez 18 anos, inscreveu-se numa formação em restauração e hotelaria. Desde então, passou a ser a sua principal atividade. 22 anos depois, sentiu que estava na hora de avançar com o seu próprio estabelecimento. Esboçou um projeto com características inovadoras e distintas, para implementar em Aveiro. Quando se dirigiu ao palco da gala do Fórum Vê Portugal, na Guarda, para receber o galardão do terceiro lugar no concurso de empreendedorismo turístico “José Manuel Alves”, do Turismo Centro de Portugal, sentiu que estava no caminho certo. 

A ideia surgiu durante mais um passeio junto à ria de Aveiro. A poucos metros da emblemática Ponte de Carcavelos, lá estava a casa, com as suas paredes brancas e o seu primeiro-andar piramidal, entregue a si mesma e cada vez mais degradada. A cada passagem no local, Sidónio vislumbrava um pouco mais de tristeza no olhar da companheira, Catarina Ravara. A casa pertencera à sua avó, a dona Ondina Ravara. Desde o seu falecimento que estava fechada, desprovida de vida, de luz, de mundo. Já Sidónio, carregava consigo todos os países e continentes que visitara. Por vezes surgiam-lhe ideias para reabilitá-la, para implementar boas práticas turísticas ou de construção que testemunhara lá fora. No entanto, seria Catarina a primeira a verbalizar essa possibilidade. “Olha lá, tu é que podias fazer daqui alguma coisa, dizes que já estás cansado e farto de trabalhar para outros, porque não criar aqui algo? A casa está a cair, vamos falar com os meus pais e propões explorar o espaço”. 



Sidónio acatou a sugestão. Após a reunião com os herdeiros, cujo desfecho foi favorável, passou algum tempo a equacionar possibilidades. Acabou por idealizar um projeto com quatro áreas de negócio, “distintas mas que se complementam sinergicamente”. Um alojamento local com cinco suítes, uma mercearia com produtos locais, um espaço para workshops e atividades de eco-turismo e, claro, um restaurante. “É na área da restauração/hotelaria que me sinto realizado, profissional e pessoalmente. No fundo porque sou uma pessoa hospitaleira, que adora receber bem, cuidar das pessoas, partilhar experiências com elas”, diz Sidónio. 

Acérrimo defensor das “práticas naturais e do meio ambiente”, o casal decidiu adaptar o negócio ao “estilo de vida que pratica”. Decidiram que o restaurante ia ter refeições glúten free e sob o conceito slowfood, que promove uma maior apreciação da comida, um cuidado mais meticuloso com a qualidade das refeições e uma produção que valorize o produto, o produtor e o meio ambiente. Na mercearia, vão apenas ter produtos originários da região de Aveiro, “com o intuito de promover e ajudar os pequenos e médios produtores assim como impulsionar a economia local”, explica Sidónio. E, por último, a reabilitação do imóvel, que será efetuada com técnicas de bioconstrução, um tipo de construção norteado pela consciência ecológica, com o máximo aproveitamento dos recursos disponíveis e com o mínimo de impacto ambiental. 


“A maioria da reabilitação estrutural será feita em madeira. As técnicas de bioconstrução que posteriormente irão ser aplicadas no interior, incluem a utilização do adobe, superadobe, taipa de pilão e tijolo de solo. Vamos também fazer alguns vitrais com garrafas de vinho recicladas”, informa Sidónio. 

Grande parte da inspiração destas escolhas veio das viagens e dos exemplos que Sídónio foi conhecendo no caminho. No Novo México, conheceu Michael Reynolds, arquitecto que fundou o conceito Eartship Biotecture e que é conhecido como o “Rei do Lixo”, por implementar um sistema de construção sustentável de casas feitas a partir de materiais reciclados. 

Já em Oregon, no noroeste dos Estados Unidos, travou conhecimento com Juan, “um grande mestre que trabalha a madeira há 40 anos de uma forma muito original, sem nunca ter cortado uma árvore”. Sidónio explica que o artista transformou a sua casa num “museu maravilhoso, que se chama It´s a Burl Gallery”.



Sidónio desceu também ao México, “um país que apresenta uma enorme variedade de técnicas de bioconstrução”. Foi lá que conheceu Nataniel e Gimena, um casal com uma empresa com várias obras em fase de construção e desenvolvimento no estado de Oaxaca. “Com eles aprendi muitas técnicas novas com materiais como o bambo, folha de palmeira, bosta de vaca fermentada, barro, pedra e materiais reciclados”. 



Mais a Sul, na Guatemala, Sidónio voluntariou-se num festival onde soube que ia estar Broll Jholl Marrallo, artista brasileiro conhecido pelas suas esculturas inspiradas em motivos místicos, como totens, deuses, máscaras tribais ou carrancas. Ajudou o artista a montar um palco cuja estrutura era toda em bambu e até na construção de um pequeno restaurante, com recurso a materiais apanhados na floresta. 


Seguiu-se uma viagem à Califórnia. “É o estado americano mais evoluído no bioconstrução, sustentabilidade, ecologia integrada, produção biológica e orgânica, energias renováveis, ecoturismo e enoturismo”, afirma Sidónio. “Decidi que era ali que deveria ir à procura de todos estes novos conceitos para os poder aprofundar e aplicar no meu projeto”. 

Foi lá que o arquiteto do projeto, Vasco Lopes, equacionou focar o design nas cabanas típicas das montanhas da Califórnia. “Assemelhavam-se aos armazéns do sal em Aveiro e assim ficava enquadrado com as características da cidade". A ideia acabaria por ser abandonada, pois era “desvantajosa” para o projeto. “Esse formato iria reduzir a capacidade de alojamento, inviabilizando a construção de duas suítes adicionais”, afirma Sídónio. 


Quando o empreendedor resolveu avançar com a inscrição no IAPMEI, era necessário batizar o projeto. Inicialmente, tendo em conta o número da casa (nove), colocou a hipótese de Nona Porta. “Desisti porque o nome podia ser associado ao filme “A Nona Porta”, de Roman Polanski, que teve cenas filmadas em Sintra”. Mas, num caricato desígnio de destino, a solução não estaria muito longe dali. A família da antiga proprietária, avó da sua companheira, tinha ascendência italiana. Em italiano, “avó”, escreve-se “Nonna”. “Ficou logo decidido”, assegura Sidónio. 

Em finais de 2017, o projeto Nonna participou no programa de aceleração Newton, promovido pela Rede de Incubadoras de Empresas da Região Centro (RIERC). Foi nesse evento que travou conhecimento com Gonçalo Castro Gomes, do Núcleo de Apoio ao Investimento Turístico do Turismo Centro de Portugal, que o incentivou a participar no concurso de empreendedorismo turístico do TCP, os prémios José Manuel Alves. 

Sidónio acatou a sugestão. No ano seguinte, no Fórum Vê Portugal, na Guarda, recebia o galardão do segundo lugar da competição. “Foi a confirmação de que estava no caminho certo e com uma ideia diferenciadora e inovadora”, afirma, salientando que sempre foi sua intenção que o seu projeto não fosse “apenas mais um”. “Queria que acrescentasse valor à cidade e ao público”. 


O empreendedor destaca a importância do prémio no “reconhecimento” das ideia de negócio. “Dá visibilidade aos projetos e incentiva os promotores. É também uma ajuda monetária, mas é principalmente um reconhecimento do trabalho que se está a desenvolver”. 

Presentemente, Sidónio explica que o Projecto Nonna está a desenvolver as “especialidades relativamente ao projeto arquitetónico” para que brevemente seja entregue na Câmara Municipal de Aveiro, sendo-lhe atribuído, posteriormente, o alvará de construção. 
Seguir-se-á a criação do website, um crowdfunding, formação e workshops de bioconstrução e alimentação saudável, estabelecer parcerias e protocolos com empresas, entregar o projeto definitivo na câmara, orçamentos e a candidatura ao IFRU (Instrumento Financeiro Reabilitação e Revitalização Urbanas). 

“O crowdfunding tem o objetivo de angariar fundos para convidarmos engenheiros, arquitetos e especialistas, nacionais e internacionais, em bioconstrução e energias renováveis para ministrarem workshops de cada área”, informa Sidónio, elucidando que estes eventos serão realizados durante a fase da reabilitação do imóvel. Posteriormente, serão organizados workshops sobre alimentação saudável. “Após a inauguração vamos convidar vários chefes nacionais e internacionais”. 

Apesar dos vários degraus que ainda tem pela frente, Sidónio revela-se confiante. “Estou motivado, empenhado e com imensa confiança no trabalho que está a ser desenvolvido”. 


O Concurso de Empreendedorismo Turístico / Prémio José Manuel Alves é organizado pela Entidade Regional do Turismo do Centro de Portugal desde 2016 e destina-se à deteção e apoio a projetos inovadores no setor do Turismo com implementação na região Centro de Portugal, sendo atribuído ao vencedor o Prémio José Manuel Alves, em homenagem ao percurso do ex-presidente da Região de Turismo do Centro, que esteve na génese da criação do gabinete de Apoio ao Investimento Turístico, na região Centro de Portugal. 
A presente edição do concurso está em curso. Consulte aqui o regulamento.

16 de abril de 2019

Bootcamp TCP StartUp Tourism: Os bravos do pelotão empreendedor


1911, Estados Unidos. O comandante dos U.S. Marines, William P. Biddle, delineou um plano de treino intensivo para os recrutas desta força especial. 13 semanas de extenuante preparação física e psicológica. Apelidou o treino de bootcamp, uma referência ao apelido atribuído aos recrutas dos Marines, “boots”. Mais de 100 anos depois, do outro lado do Atlântico, é montado um bootcamp em Ílhavo. Durante 48 horas, os finalistas da edição 2018 do concurso de empreendedorismo turístico do Turismo Centro de Portugal (Prémio José Manuel Alves) vão estar confinados a um espaço fechado. Só sairão de lá após inúmeros testes e exercícios. Alguns físicos, outros mentais. Esta é uma história de árdua preparação para a sobrevivência na longa jornada empreendedora que eles escolheram percorrer durante o resto das suas vidas. Esta é a história de como oito recrutas sobreviveram ao bootcamp StartupTourism. 

Uma cerrada neblina abateu-se sobre o amanhecer em Ílhavo. Um despertar cinzento que não desanima os nossos recrutas. Quando as portas automáticas do Hotel Montebelo Vista Alegre se abrem à sua chegada, não hesitam. Após a acreditação, entram numa sala onde são recebidos pelo sargento Frade. É notório o aumento no tom de voz. Não é agressivo. Há música a explodir nas colunas. Animados, os recrutas são instruídos a dançar e a fazer vários exercícios coreografados ao ritmo dos Maroon 5. Um momento de descontração antes de se debruçarem sobre uma aula, cuja aprendizagem tem sido fulcral ao longo de todas as batalhas: Traçar estratégias, planificar. 

Miguel Frade, migfrade_Solutions

“Não só é importante analisar a concorrência como reconhecer genuinamente os benefícios da nossa proposta de valor”. As palavras são de Mariana Pita (Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro), que ministra o workshop “What About The Business Plan?”. Cerra os punhos e dirige-se aos recrutas de forma apaixonada: “Vocês são mais do que uma ideia, já demonstraram, já investiram tempo, trabalho, dinheiro. Está na hora dos resultados práticos que vos vão levar à validação!”. Após enunciar, detalhadamente, todos os critérios fundamentais para redigir um plano de negócios sólido e competente, Mariana destaca a importância de não ser conservador na abordagem. “Para quem avalia um projeto é importante ver risco, capacidade de risco. Um excesso de conservadorismo denota inibição da iniciativa estratégica”. Aponta para os recrutas: “Quando se investe, não se investe apenas no projeto, investe-se na pessoa!”. Uma das recrutas resolve enfrentar a instrutora com uma questão. 


Chama-se Ana Inês Filipe, tem 33 anos, é de Leiria e, juntamente com o marido David Filipe, tem o sonho de criar um projeto único de alojamento integrado num bosque centenário com carvalhos e sobreiros. Chama-se “Ground Piece – Pedaço de Chão” e podem saber mais sobre ele na nossa reportagem
“Qual é o equilíbrio que devemos procurar entre o excesso de páginas de um plano de negócios detalhado e a criatividade de uma apresentação alternativa, mais criativa mas com défice de detalhe?”, questiona a recruta. A instrutora sorri. Também esta resposta está enraizada na História. Conhecer o território, os inimigos e os aliados. “Adapta a tua estratégia consoante o tipo de público que enfrentas”. Prossegue: “Há momentos para a primeira situação e momentos para a segunda. No entanto – sublinha – há sempre formas de apresentar argumentos efetivos num instrumento alternativo de apresentação”. 


A música regressa e com ela o sargento Frade e com ele os exercícios físicos. Após alguns saltos e corridas, está na hora do próximo workshop. “Define Your Brand” é o tema e Jorge Faustino (diretor de conteúdos da Fullsix) o instrutor.
“O que é uma marca?”. Após lançar o desafio à audiência e ouvir várias respostas diferentes, o instrutor sublinha algo mais importante do que a definição: “Enquanto marca, não somos o que pensamos de nós. Somos o que os consumidores pensam de nós”. Volta a desafiar os recrutas. É suposto mencionarem uma marca que os acompanha ao longo de toda a vida. “Coca Cola, Nike, Cerelac, Super Bock…”, são algumas das respostas. O instrutor explica esse acompanhamento com diversos fatores de identificação (imagem, sentidos) ou representação (passado, simbolismo), chegando ao principal ensinamento: Perceber o que as pessoas precisam e sentem. “Dominar isso é das mais poderosas ferramentas para lançar um produto que dure para a vida”.


Os recrutas foram ainda advertidos a evitar sete pecados que destroem a confiança nas marcas: Exploração de dados pessoais, fraca qualidade dos anúncios, falsa atividade em redes sociais, publicidade a financiar atividades anti-sociais, publicidade enganosa, personalização intrusiva e bombardeamento publicitário. 

São 12 horas quando é entoada a corneta para o almoço. Após uma manhã intensa de instrução, os recrutas atiram-se às suas rações de combate. Strudel de vegetais em cama de cebola salteada e risotto de aves com aroma a funcho.
Já saciados, voltam a ser recebidos pelo Sargento Frade para mais uma sessão de ginástica musical. 


“Tell Your Story” é o próximo tema, proporcionado pelo instrutor Gonçalo Castro (digital marketing manager da RTP). Após uma introdução tão informal quanto cativante, o instrutor desafia vários recrutas a levantarem-se e a falar sobre si. Há vários relatos sobre sonhos, sacrifícios, metas e desígnios. O instrutor sublinha a necessidade de criar envolvência. E envolvência não falta na história de Joaquim Lé de Matos. 

O recruta lisboeta de 51 anos levanta a sua mochila, mete a mão lá dentro e retira uns óculos de realidade virtual. Perante a surpresa geral, partilha o seu audacioso plano: Criar o Museu do Queijo Serra da Estrela DOP, onde proporcionará uma “experiência cultural e sensorial únicas sobre toda a cadeia de valor deste produto endógeno e os seus atributos interligados, estimulando os 5 sentidos humanos com recurso à inovação tecnológica e à realidade virtual”. 
A ser implementado na Vila Nova de Tazem (Gouveia), o museu concentrará a sua oferta no património material e imaterial do fabrico ancestral do Queijo Serra da Estrela. “Inclui todos os seus atributos: A história, geografia, ciências da natureza, o cão da Serra da Estrela, o pastor, a raça ovina autóctone, flor do cardo, as queijeiras e o processo de fabrico”, refere o recruta. Para além da sala de exposição, do espaço de animação infantil, dos workshops e do bar de degustação, o museu vai conter um importante elemento diferenciador: uma sala interativa, recheada de tecnologia, onde a realidade virtual permitirá aos visitantes caminhar nas montanhas junto aos pastores, passar a mão na vegetação e até ordenhar cabras. No entanto, o recruta quer ainda ir mais longe. Para além do estímulo visual, quer introduzir outra envolvência sensorial, como cheiros específicos que vão surgindo à medida que decorre a caminhada virtual. Esta manipulação olfativa é o grande desafio tecnológico que está a enfrentar, mas afirma já ter encontrado soluções. “Entre 2020 e 2021 contamos abrir as portas”. 
Após ouvir mais esta história, o instrutor destaca: “Quando se ouve a voz das pessoas é mais fácil ligarmos-nos a elas”. De seguida, avança com exercícios de argumentação, capacidade de síntese e comunicação eficaz. 


Após meter os recrutas a fazer alongamentos, o sargento Frade anuncia o próximo workshop: “Network Like a Boss”, ministrado por João Cordeiro (especialista em ‘mentoring’ e ‘coaching’). 
O instrutor começou por desmistificar o conceito networking. “Não é autopromoção e muitos menos conhecer muita gente”. Perante alguns olhares surpreendidos, elucida que é o processo de “ativar, construir e desenvolver relações de confiança para que consigas aumentar e expandir o teu conhecimento e a tua esfera de influência”. Faz uma pausa e garante: “Networking é construir relações de confiança”.


Na segunda fila, Sidónio Frazão sorve cada palavra com atenção. Este recruta tem um arrojado projeto para implementar em Aveiro, onde as relações humanas e a sustentabilidade ecológica andam de mãos dadas. Chama-se Projeto Nonna e vão ficar a saber tudo sobre ele numa reportagem que vamos publicar esta semana.
Levantam-se os recrutas, instruídos a sentarem-se junto a alguém que desconhecem. Segue-se um complexo exercício de networking onde, palavra a palavra, estranhos vão semeando elos comuns. “Networking está mais relacionado com a agricultura do que com a caça”, diz o instrutor. 


Após uma injeção de cafeína e mais alguma correria, os recrutas enfrentam o próximo desafio. “Become a Digital Marketing Ninja”, ministrado por João Fernandes (consultor de marketing digital). Captou a atenção de todos com um paradoxo: “Nunca foi tão fácil estar presente no mercado e nunca foi tão difícil ser-se diferenciado”. O instrutor destacou a importância da inovação constante, da criação de excelente conteúdo e a superação contínua das expetativas como habilidades fulcrais para sobreviver na batalha das redes digitais. Explica que o envolvimento com o consumidor aumenta a fidelidade, os hábitos de compra e a ligação emocional. “Um cliente fidelizado move montanhas para garantir o teu sucesso. E traz pessoas para essa tribo”, garante. 


Particularmente interessada em captar essas ondas de apoio está Maria João Fonseca. A recruta quer criar uma plataforma de partilha de experiências turísticas, intitulada “My friends in Portugal”. “É um género de blog onde praticamente qualquer pessoa que gosta de passear e viajar, pode descrever as suas experiências turísticas e partilhá-las com toda a gente”. Com o caderno recheado de apontamentos, a recruta informa que o projeto está em fase de arranque. “Tudo indica que já estará a funcionar no início do Verão”.


Ao seu lado, está André Nunes. Pretende implementar um projeto de alojamento em Estarreja. É evasivo em relação a mais detalhes. Tal como os guerreiros ancestrais do oriente que dão nome ao workshop, este recruta domina a arte da movimentação furtiva. “Quero manter o meu projeto secreto, para já”. 
O toque da corneta volta a invadir o espaço. Ração de combate, acampar, dormir. Amanhã é um novo e intenso dia. 


Após um despertar com mais música e exercício, os ponteiros marcam 8:30 e os recrutas estão a rever os ensinamentos do dia anterior. Meia hora depois, entra Henrique Fidalgo (CEO do Quant Group) para falar sobre relações com clientes (Earn Your Client Trust).
De forma enérgica, lança a primeira questão aos recrutas. “Quem daqui tem isto?”. Aponta para as sete letras que acabou de escrever no quadro. “C-L-I-E-N-T-E”. Ninguém responde. Ninguém tem, nesta fase. De seguida, desenha um enorme quadrado cheio de pequenos pontos e com o número 90% escrito em letras garrafais. “Estes pontinhos vivem todos ali dentro, impecavelmente vestidos com fatos e sapatos a condizer com as gravatas. Vivem todos ali”. Esclarece de seguida que o quadrado é um determinado mercado e os pontinhos são as empresas que operam no mesmo. “90% delas são todas iguais. Quando tens clientes que cada vez mais exigem experiências diferentes, o que tens de fazer para os conquistar?”. 


“Sair da caixa”, grita Maria João Farreca. Esta recruta vem de Oliveira de Frades, onde quer implementar um negócio de alojamento que ainda está numa fase inicial de idealização. No entanto, está determinada a concretizá-lo. “Talvez mais cedo do que se julga”, afirma, sorridente. Revela que provém de uma família de empreendedores e que herdou essa característica. Hoje, deu-a a provar a todos os companheiros. Inspirada numa antiga receita da mãe, inventou um doce. Intitulou-o de Pastéis d'ulveira e quer torná-lo no doce mais popular de Oliveira de Frades. 


“Sair da caixa cansa, não cansa?”, responde o instrutor. “Eu sei que sim. Mas mais vale três ou quatro dias de extremo cansaço, a remar contra a maré e alcançar algo, do que uma vida inteira na caixa, cansado de estar no mesmo sítio, sem ir a lado nenhum”, complementa. 
O instrutor destacou ainda a importância de criar laços de proximidade, empatia, e hospitalidade com o cliente. “Se a experiência for diferente e se ele sentir que ela é especial para ele, direcionada para ele, ele paga. E paga bem!”, frisou. “Não tenham medo de valorizar o vosso negócio”. 


Seguidamente, chegou a hora do financiamento. Miguel Barbosa (diretor de Investimento da capital de risco Portugal Ventures), instruiu os recrutas sobre questões financeiras no workshop “Its Financial Times”. 
Projetou a imagem de uma caixa registadora na tela e exigiu aos recrutas que levassem essa imagem com eles. Que adormecessem e acordassem a pensar nela. “É fundamental ganhar dinheiro. Não é só vender. Podem vender muito e perder dinheiro”, afirmou, salientando a necessidade de otimizar as margens de lucro na estruturação do negócio. Lançou um desafio: “Alguém tem ideia da percentagem de investimento que as capitais de risco fazem relativamente aos projetos que lhe são apresentados?”. Os recrutas arremessam números. “15%”, “10%”, “25%”. Sidónio avança com 50%. “Aí está um optimista!”, declara o instrutor, sorridente. “2%, meus caros”. Há algum espanto na plateia. O instrutor acentua-o. “Nos últimos dois anos, baixou para 1%”. Complementou de seguida: “O que para nós é dramático, pois significa que temos de analisar 100 projetos para investir em um”. 


Alguém questiona sobre o principal motivo que leva à rejeição dos projetos. O instrutor dispara de imediato: “Rejeitamos muitos projetos que até são engraçados e originais, mas cujo plano de negócios falha na questão fulcral: Há gente suficiente disposta a pagar por isto?”.
Destaca a importância de conhecer essa resposta. “Não é achar que sim. É saber que sim. E como é que se sabe? É preciso ter dados, dados devidamente tratados e analisados, que sustentem isso”. 

Após essa exortação para conhecer o território de combate, o sargento Frade volta à carga com mais uma série de exercícios musicais. De seguida, os recrutas foram recuperar energia às suas rações de combate. Creme de espargos verdes com picadinho de shitaki e tornedó de porco com puré de maçã e mikado de legumes. Devidamente nutridos, tiveram 60 minutos para treinar afincadamente para enfrentar o exercício de combate mais difícil do bootcamp: O pitch


Há alguma azafama no espaço. Alguns tomam notas, outros partilham ideias, decoram discursos. Um dos recrutas sai da sala. Dirige-se a um canto solitário do Montebelo e concentra-se na missão. O ritmo dos ponteiros parece acelerar. “Já passou uma hora?!”, questiona uma recruta, incrédula. “Já sim senhor”, assegura o sargento Frade. Há um painel de quatro convidados que vão representar potenciais investidores. José Pedro Moura (serial entrepreneur), Jorge Pimenta (gestor de projetos no Instituto Pedro Nunes), Pedro Lourenço (fundador e CEO do Portal da Queixa) e o instrutor Miguel Barbosa. São eles que os recrutas vão enfrentar. Têm 60 segundos para apresentar a sua ideia de negócio. Um a um, vão subindo ao palco.



Uma das apresentações reúne um aplauso unânime dos “investidores”. É o do recruta solitário. Octávio Teixeira envolveu-os num relato imersivo e, por uns instantes, conseguiu situá-los em Vouzela, num bosque, a inspirar ar puro enquanto caminham entre as copas de árvores gigantes. Este é o conceito por trás de “Eco Sky Park”, um projeto inovador e pioneiro em Portugal que levou para casa a taça da última edição do nosso concurso de empreendimento turístico, o Prémio José Manuel Alves. Se quiserem saber mais sobre este projeto, podem ler a nossa reportagem


“Quando é que isto abre para eu lá ir?”, questiona o “empreendedor em série com um cadastro apreciável”, José Pedro Moura. O recruta assegura que já tem tudo estruturado, está apenas à espera da aprovação de uma candidatura para avançar. “Que aprovem isso rápido, pá, também quero!”, grita um colega recruta perante um sorriso largo de Octávio.

O sargento Frade exorta os recrutas a recorrer a mais uma injeção de cafeína, antes do último workshop do bootcamp. “Innovation is your Best Friend”, ministrado por Alexandre Amorim (gestor de inovação). 


“Estão familiarizados com a fórmula 5W2H?”, questiona o Instrutor. “Familiarizem-se rápido!”, assevera, após um abanar de cabeça coletivo. Explica que esta fórmula assenta num “mapeamento das atividades da empresa”, onde está estabelecido o que será feito, em que área da empresa será feito, em qual período de tempo, por quem será feito, quais os motivos pelos quais esta atividade deve ser feita e, por último, todos os custos desses processos. “What, Why, where, when, who, how, how much. Vão ter de conseguir responder a tudo isto de forma a otimizarem os vossos processos”, afirma o instrutor. 


Na assistência, o recruta Rogério Chagas assimila cada palavra. O projeto do qual é CFO (diretor financeiro), HotelTech, pretende implementar uma ideia arrojada e futurística. Fazer nascer um concierge virtual, chamado Robert, que facilite o dia-a-dia dos hotéis através da automatização e inteligência dos processos e que possibilite aos hospedes fazer a auto-gestão da sua reserva. “Queremos que se torne uma referência mundial para o auto-atendimento dinâmico no sector hoteleiro”, afirma o recruta. 

Entretanto, o instrutor de Inovação divide o mercado em três perfis geracionais. Geração X (nascidos nos anos 60-70), geração Y (anos 80, 90) e geração Z (2000 em diante) e salienta a importância de conhecer e segmentar esses targets. Após algumas questões da plateia, o instrutor foca-se na geração X. “São os chamados cabelos grisalhos. São pessoas que gastam muito dinheiro para recuperar a vida que não tiveram”, afirma. “É uma geração muito rentável”. Faz uma pausa e complementa: “Se os conseguirmos entender e privilegiar”. Com a atenção capturada aos recrutas, sublinha: “O contacto sensorial é muito importante. Fazê-los gozar anos de vida. Não é que os tenham perdido, mas se calhar não usufruíram da melhor forma no passado. Vocês podem proporcionar isso agora!”. 


Após mais alguns exercícios ao som da banda sonora do “Rocky”, os recrutas foram reunidos para fazer um rescaldo da aprendizagem. Debateram temas, fizeram sugestões, partilharam experiências. Desmobilizaram ao derradeiro toque da corneta, com rostos cansados mas espíritos gratificados. 


“O bootcamp bastante profícuo para o meu desenvolvimento pessoal e profissional, sobretudo para unir algumas pontas soltas do meu projeto. Foi como me dessem uma preciosa semente que eu irei semear, cuidar e certamente colher para o meu empreendimento e o meu futuro”.
Joaquim Lé de Matos, “Museu do Queijo Serra da Estrela DOP” 

“Foi um fim-de-semana muito intenso, muito divertido e muito enriquecedor. Aprendi imenso, conheci pessoas incríveis e projetos muito interessantes. Permitiu-me refletir em profundidade sobre o meu projeto, o seu propósito, os seus objectivos finais. O saldo foi completamente positivo”.
Maria João Fonseca, “My Friends in Portugal”

"É sempre positivo participar num evento deste tipo porque aprende-se sempre alguma coisa e o facto de vários empreendedores estarem no mesmo espaço e poderem partilhar as suas experiências é ainda mais positivo. Penso que o evento poderia ter sido mais direcionado para os projetos em vez de ser tão generalista”.
 Octávio Teixeira, “Eco Sky Park”

"Um fim-de-semana produtivo e gratificante, com um painel convidado de excelência. Foram bastante claros, práticos, esclarecedores e incentivadores para o desenvolvimento e sucesso de todos os projetos. Este evento veio clarificar as ideias e melhorar o planeamento dos trabalhos que o meu projeto tem pela frente".
Sidónio Frazão, "Projeto Nonna" 
“A pertinência dos temas abordados e a experiência dos oradores fez-me identificar pontos de melhoria e deu-me ferramentas para melhorar o meu projeto. A apresentação a business angels e os momentos de partilha com outros empreendedores foram igualmente importantes, pois permitiram estabelecer uma relação que se estenderá muito para além destes dois dias”.
Ana Inês Filipe, “Ground Piece – Pedaço de Chão”